Relatório reflete aumento dramático de ataques terroristas no mundo em 2013

Nova York, 18 nov (EFE).- O mundo vive um dramático aumento do terrorismo devido, fundamentalmente, às ações do jihadismo, e só no ano passado o número de mortos por esses ataques cresceu 61% em relação aos números de 2012, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira.

O relatório apresentado pelo Instituto de Economia e Paz (IEP), com sede em Nova York e Sydney, revela que em todo o ano passado houve 17.958 pessoas que morreram em ataques terroristas, que por sua vez aumentaram em 44%, para 9,814 casos.

No ano passado, houve 24 países que tiveram mais de 50 mortes em ataques terroristas, enquanto em 2012 eram só 15.

“Isso evidencia que não só está aumentando a intensidade do terrorismo, mas está crescendo a amplitude dos países afetados”, diz o relatório.

“Desde que lançamos pela primeira vez o índice, em 2012, vimos um aumento significativo e preocupante nas incidências mundiais de terrorismo”, afirmou o presidente-executivo do IEP, Steve Killelea, em nota que acompanha as conclusões do relatório.

No ano 2000, houve 3.361 mortes por atos terroristas, frente às 18 mil de 2013. “O terrorismo aumentou dramaticamente, e cálculos conservadores indicam que o aumento (em vítimas) se multiplicou por cinco desde o ano 2000”, acrescenta o relatório.

“O maior crescimento na atividade terrorista – acrescenta – coincidiu com o começo da guerra civil na Síria, em 2011”.

Dos ataques terroristas registrados no ano passado, 66% foram cometidos por quatro grupos radicais islâmicos, que são, levando em conta o número de vítimas, Estado Islâmico (EI), Boko Haram, os talibãs e a Al Qaeda e seus filiados. Além disso, 80% de todas as mortes ocorreram em cinco países: Iraque, Afeganistão, Paquistão, Nigéria e Síria, países com forte presença de grupos radicais islâmicos.

Os piores ataques do ano passado, considerando o número de vítimas, aconteceram em Nigéria, Síria e Paquistão. Em primeiro lugar ficou um ataque armado cuja autoria foi assumida pelo grupo islâmico Boko Haram na cidade de Benisheikh, na Nigéria, em 17 de setembro de 2013, que deixou 142 mortos. EFE