Relatório revela que EUA espionaram 89 mil “alvos” estrangeiros em 2013

  • Por Agencia EFE
  • 28/06/2014 00h15

Washington, 28 jun (EFE).- Os Estados Unidos revelaram nesta sexta-feira no “Relatório de Transparência” do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (DNI, sigla em inglês) que espionou 89 mil “alvos” estrangeiros em 2013 como parte de sua campanha para compilar informação de inteligência internacional.

Trata-se da primeira vez que o governo americano divulga informações sobre o alcance de seu controvertido programa de inteligência, mas os dados correspondem apenas a 2013 e não estão muito detalhados.

Segundo explicações do próprio relatório, o termo “alvo” pode se referir a um indivíduo, mas também a uma organização ou a um grupo composto de muitas pessoas e também a um governo estrangeiro.

De acordo com a legislação americana, a Agência de Segurança Nacional (NSA, sigla em inglês) pode interceptar, sem a necessidade de uma ordem judicial, as comunicações de estrangeiros que vivem fora dos EUA para obter informações de inteligência.

Um tribunal secreto criado após os atentados de 11 de setembro de 2001 e conhecido como Fisa autorizou a coleta diária de praticamente todas as chamadas telefônicas feitas dentro dos EUA.

Em maio, a Câmara dos Representantes deu um primeiro passo para limitar esses poderes, ao aprovar o fim do armazenamento em massa de dados telefônicos pela agência.

O projeto de lei proíbe a NSA de armazenar bilhões de “metadados” telefônicos, incluídos os da totalidade das conexões telefônicas dos americanos.

Agora, as companhias telefônicas americanas serão responsáveis por manter essas informações, que se limitam ao número do telefone, a duração da chamada e a localização da mesma, durante 18 meses.

A NSA terá acesso às mesmas somente com uma autorização judicial após fornecer detalhes sobre os motivos específicos pelos quais pretende rastrear as comunicações e para investigar planos terroristas orquestrados no exterior.

A medida ainda deve receber a aprovação do Senado. EFE

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