Renomado fotógrafo francês Marc Riboud morre aos 93 anos

  • Por Agencia EFE
  • 31/08/2016 08h04
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EFE Uma dos principais trabalhos de Marc Riboud foi feito durante uma manifestação contra a Guerra do Vietnã

O fotógrafo francês Marc Riboud, conhecido mundialmente por imagens como a da jovem com uma flor diante de uns fuzis em Washington ou a do pintor da Torre Eiffel, morreu aos 93 anos de idade.

Na página na internet do próprio Riboud, a informação sobre seu falecimento foi publicado na terça-feira e aparece debaixo de uma imagem dele com uma câmera fotográfica e a frase de um papa da Idade Média: “Ver é o paraíso da alma”.

Alain Genestar, diretor da revista “Polka Magazine”, da qual Riboud foi um de seus patrocinadores, o qualificou de “fotógrafo transeunte” e explicou para a “France Info” que a fotografia do pintor da Torre Eiffel, de 1953, que o fez ser conhecido internacionalmente, ele conseguiu apesar de naquele dia ter levado somente um carretel de uma dúzia de fotos.

O outro ícone de sua obra foi feita em 1967, em Washington, nos Estados Unidos, durante uma manifestação contra a Guerra do Vietnã, ao captar uma jovem que com uma flor diante do rosto e ficou na frente dos fuzis com baionetas da polícia.

Riboud nasceu em Lyon, no seio de uma família burguesa em 1923, e tomou suas primeiras fotografias na Exposição Universal de Paris de 1937 com uma câmera Vest-Pocket, presente do seu pai quando completou 14 anos.

Em 1944, ele participou das lutas da resistência francesa contra a ocupação do país pela Alemanha nazista e no ano seguinte começou a estudar engenharia em Lyon, embora no início dos anos 1950 tenha largado a profissão para se dedicar à fotografia.

Foi quando entrou na agência Magnum – da qual chegou a ser presidente – pelas mãos de Henri Cartier-Bresson e de Robert Capa, que em sua primeira missão o enviou para Londres.

Nos anos seguintes, ele passou longos períodos na Ásia: foi de carro para a Índia em 1955, passando pelo Oriente Médio e Afeganistão, e chegando na China dois anos depois.

Após uma estadia de três meses na União Soviética, em 1960, cobriu nos anos seguintes as independências da Argélia e de muitos países do África negra, e no final desse ano foi um dos poucos fotógrafos ocidentais que conseguiram entrar no norte do Vietnã em pleno conflito.

Desde os anos 1980, são organizadas exposições de sua obra em cidades como Paris, Londres, Nova York, Pequim, Hong Kong, entre outras.

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