Renzi anuncia redução de impostos sem precedentes até 2018

  • Por Agencia EFE
  • 18/07/2015 09h19

Roma, 18 jul (EFE).- O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, anunciou neste sábado uma redução de impostos sem precedentes entre 2016 e 2018 para realizar “uma revolução copernicana”, mas “sem aumentar a dívida pública”, que seguirá sob controle.

“Se continuamos com as reformas, como acredito, em 2016 reduziremos os impostos, algo que continuará em 2017 e 2018 de maneira pontual”, disse durante o discurso de abertura da Assembleia Nacional do Partido Democrata (PD, no governo) em Milão.

Segundo o político, “durante cinco anos (no governo) manteremos o compromisso de reduzir os impostos de um modo sem precedentes na história republicana deste país. Uma revolução copernicana sem aumentar a dívida pública”.

Renzi afirmou que 2016 será o ano em que se eliminará o imposto sobre a primeira casa e o Imposto Municipal Único (Imu) enquanto em 2017 modificará o equivalente ao Imposto de Sociedades (Ires) e o imposto regional sobre a atividade produtiva (Irap).

Por último, em 2018, ano em que concluirá a legislatura e serão convocadas previsivelmente eleições gerais, será a vez do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF) e das pensões.

Apesar dessas iniciativas, Renzi garantiu que a Itália “continuará respeitando os parâmetros europeus” como o Pacto de Estabilidade e descartou surpresas.

“O problema que afeta a Itália é a dívida, que deve ser controlada. Respeitaremos os parâmetros (europeus) nos próximos três anos porque não queremos que a curva da dívida continue em alta”, comentou.

Ao longo do pronunciamento, de uma hora e meia, o presidente do Governo ressaltou a importância da Itália na União Europeia e, por isso, pediu para que sejam evitados discursos “flagelantes”.

“Durante muito tempo dissemos muitas falsidades sobre a relação entre Itália e Europa. Estamos entre os contribuintes mais fortes depois da Alemanha e igualados com a França. Somos um pilar fundamental da Europa. A Itália só é frágil quando se flagela”, disse. EFE

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