Renzi apresenta orçamento para 2015 com corte de 18 bi de euros em impostos

  • Por Agencia EFE
  • 15/10/2014 18h33

Roma, 15 out (EFE).- O Conselho de Ministros da Itália aprovou nesta quarta-feira um corte de impostos de 18 bilhões de euros do orçamento geral até 2015 para encorajar o consumo interno e relançar a economia.

As contas foram anunciadas pelo primeiro-ministro, Matteo Renzi, em entrevista coletiva, acompanhado pelo ministro da Economia, o técnico ++Pier++ Carlo ++Padoan++.

O primeiro-ministro social-democrata assinalou que no balanço contábil do Estado italiano no próximo ano haverá “36 bilhões de euros em receita e 36 bilhões de euros em despesas”.

Desses 18 bilhões, 9,5 bilhões corresponderão à redução do imposto de renda; com a eliminação de um imposto regional sobre a produção industrial, cinco bilhões de euros; 500 milhões em isenções fiscais para várias famílias, e 1,9 bilhão em abatimento para as empresas que contratarem por tempo indeterminado.

Além disso, haverá novas prestações por desemprego no valor de 1.500 milhões de euros, outros 500 milhões para a reforma da educação, 6.900 milhões para despesas derivados da própria legislatura e 3 milhões para a eliminação de outros impostos.

Outros 8,1 bilhões de euros estarão destinados a aumentar a despesa em Pesquisa e Desenvolvimento e na Justiça, entre outros âmbitos.

Para financiar essas medidas, o Estado conta com 11 bilhões de euros do novo endividamento respeitando, explicou Renzi, os compromissos comunitários e o Pacto de Estabilidade e Crescimento do Tratado de Maastricht (1992).

Outros 15 bilhões virão da economia nos gastos públicos (denominado na Itália “++spending++ ++review++”), das administrações regionais, provinciais, locais e dos ministérios.

A luta contra a evasão fiscal proporcionará, segundo as estimativas do governo, 3,8 bilhões de euros enquanto um imposto para as máquinas caça-níqueis adicionará mais 1 bilhão.

Como novidade, este orçamento prevê a possibilidade de retirar uma parte de um fundo especial, chamado na Itália “TFR” – acordo final de relação laboral – para todos os trabalhadores que desejarem com o objetivo de encorajar o consumo.

Esta medida foi muito criticada pelos empresários italianos, que alertam para uma possível crise de liquidez em suas contas.

Estes orçamentos serão enviados para Bruxelas para passar pelo controle da Comissão Europeia.

O Executivo comunitário será o encarregado de aprová-las ou solicitar ao governo italiano mudanças para adequá-lo aos requisitos europeus.

A Comissão se pronunciará a respeito até 30 de novembro. EFE

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