Renzi diz que Itália não pode combater imigração sozinha e pede soluções à UE

  • Por Agencia EFE
  • 20/06/2015 13h44

Roma, 20 jun (EFE).- O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, afirmou neste sábado que o país não pode enfrentar sozinho o fenômeno migratório no Mar Mediterrâneo e pediu que “soluções concretas” sejam encontradas para levar as demais nações europeias a atuar em conjunto.

“Falaremos sobre isso no Conselho Europeu da próxima segunda-feira e também na Expo de Milão amanhã durante um encontro com (o presidente da França) François Hollande, aberto à contribuição de alguns intelectuais”, disse em comunicado.

“Precisamos de decisão, determinação e também de bom sentido de responsabilidade, especialmente se pensarmos que as regras europeias parecem ser contra os interesses de nosso país, que naquele momento as apoiou”, criticou.

Renzi acredita que esse é “um problema de dimensão histórica” que só pode ser resolvido “mediante uma estratégia ampla” que reúne cooperação internacional, acordos com países africanos, paz na Líbia, luta contra o tráfico de pessoas e solidariedade dos membros da União Europeia tanto em nível econômico como no auxílio para receber os refugiados.

Itália e França mantêm uma queda de braço devido à decisão unilateral das autoridades francesas de fechar a fronteira com o país vizinho para pessoas que não possuam uma permissão de residência legal na UE.

Essa situação provocou a aglomeração de centenas de imigrantes na passagem fronteiriça italiana de Ventimiglia, no noroeste do país. Cerca de 150 pessoas estão acampadas na região para protestar contra a medida tomada pelo governo francês. EFE

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