Renzi planeja outra redução de impostos sobre o trabalho na Itália
Roma, 9 set (EFE).- O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, previu outra redução de impostos sobre o trabalho no próximo Orçamento Geral da Itália, uma medida que dependerá dos cortes realizados nos ministérios.
Assim explicou o líder social-democrata durante uma entrevista concedida ao programa televisivo “Porta a Porta”.
“O Orçamento Geral que o Executivo prepara para apresentar no meio de outubro conterá uma nova redução dos impostos sobre o trabalho. Financiaremos com cortes no gasto público”, disse Renzi, explicando e detalhando que dita diminuição da despesa rondará os 20 bilhões de euros.
Por esta razão, ontem Renzi se reuniu com seu ministro da Economia, Pier Carlo Padoan, e com o comissário para a redução da despesa, Carlo Cottarelli.
Amanhã está previsto que Renzi mantenha uma série de encontros com os diferentes ministros de seu gabinetes, com quem estudará em quais áreas será possível aplicar dita redução orçamentária.
“Amanhã direi aos ministros que me apresentem duas coisas: uma lista de verbas sobre o que cortar, e depois perguntarei como reinvestir esse dinheiro”, explicou durante a entrevista.
Esta redução de impostos planejada atualmente chegaria após outra que foi anunciada pelo ex-prefeito de Florença em março, um mês após chegar ao governo, e que se transformou em uma das principais medidas no pouco tempo que está à frente da Itália.
Trata-se da redução do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF) para todos aqueles trabalhadores que ganhassem menos de 1,5 mil euros por mês, que equivale a um aumento de 80 euros mensais nessas relações de empregados e que foi idealizada para impulsionar o consumo interno no país.
Neste sentido, Renzi explicou na entrevista que “os 80 euros não pertencem a uma estratégia política econômica, mas supõem um fato de justiça social”.
Por outro lado, o líder do Partido Democrata disse não ser otimista em relação à situação do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que em agosto entrou em fase de recessão técnica ao se contrair por segundo trimestre consecutivo (-0,2%).
“Sobre o PIB não sou otimista. Nos encontramos sobre 0% e isso não é suficiente para falar de recuperação. Em 2014 os dados não serão bons, mas no próximo ano cresceremos”, previu. EFE
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