Repórteres Sem Fronteiras alerta para riscos após golpe em Burkina Fasso
Paris, 17 set (EFE).- A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) alertou nesta quinta-feira para o risco que os meios de comunicação de Burkina Fasso correm após golpe militar ontem contra o presidente Michel Kafando, e pediu aos militares que respeitem a liberdade de expressão.
“Nos primeiros instantes do golpe de Estado realizados pelos militares do Regimento de Segurança Presidencial (RSP), as rádios e as televisões de Ouagadogou pfereriram o silêncio, e vários jornalistas foram agredidos”, declarou a RSF em comunicado.
Essa organização pela liberdade de imprensa, com sede em Paris, pediu aos golpistas que “mostrem contenção com a população e com os jornalistas, e que deixem os meios de comunicação trabalharem livremente”.
A RSF ressaltou que os militares obrigaram ontem o redator chefe da “Rádio Ômega” a encerrar as tranmissões se “não quisesse ver a emissora arder”.
Eles terminaram abandonando as instalações da rádio entre disparos para o alto e depois de queimar algumas motos estacionadas no pátio, acrescentou a RSF.
“Avisaram que se voltassem seria pior”, destacou a organização, que também constatou o fechamento “forçado” de, pelo menos, das emissoras privadas de televisão “BF1” e “Burkina Info”.
Além disso, um jornalista do “Burkina 24” ficou ferido durante uma intervenção miliar para dispersar civis, e também vários repórteres da “Droit Livre TV”, que foram agredidos e viram seu material de trabalho ser destruído.
Burkina Fasso ocupa a 46ª colocação na lista de países da Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa, elaborada todos os anos pela Repórteres sem Fronteiras (RSF) com 180 países. EFE
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