Representante dos EUA está em Caracas para se reunir com Maduro

  • Por Agencia EFE
  • 08/04/2015 16h11
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Washington, 8 abr (EFE).- O alto conselheiro do Departamento de Estado dos EUA, Thomas Shannon, está em Caracas desde terça-feira para se reunir com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, segundo informaram fontes diplomáticas americanas à Agência Efe.

“O governo venezuelano convidou recentemente o governo americano a enviar um funcionário de alta patente a Caracas para se reunir com o presidente Maduro antes da Cúpula das Américas”, explicou um porta-voz do Departamento de Estado que pediu o anonimato.

Segundo as mesmas fontes, o próprio secretário de Estado, John Kerry, pediu para que Shannon viajasse à Venezuela para se reunir com o líder do país, em meio ao aumento da tensão entre os dois países.

Shannon “chegou no dia 7 de abril e voltará a Washington em 9 de abril”, disseram as fontes, que não deram mais detalhes sobre o conteúdo das conversas.

“O governo venezuelano chamou ao diálogo direto, e sempre deixamos claro que mantemos relações diplomáticas e estamos dispostos a conversar diretamente”, acrescentou o porta-voz.

A visita de Shannon coincide com as declarações do governo americano na terça-feira, quando assegurou que os Estados Unidos não consideram a Venezuela uma “ameaça” para a segurança, uma tentativa de diminuir as tensões bilaterais para impedir que prejudiquem a Cúpula das Américas, que será iniciada nesta semana no Panamá.

“Os Estados Unidos não acreditam que a Venezuela represente uma ameaça à nossa segurança nacional”, disse o assessor adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, em conferência telefônica com jornalistas para dar detalhes sobre a viagem do presidente dos EUA, Barack Obama, a Jamaica e Panamá.

Segundo Rhodes, o uso do termo “ameaça” faz parte da linguagem estabelecida para formular o tipo de ordens executivas como a emitida por Obama, em março, com sanções a funcionários venezuelanos aos quais os Estados Unidos considera responsáveis por violações aos direitos humanos.

O principal assessor de Obama para a América Latina, Ricardo Zúñiga, enfatizou na conferência que a ordem presidencial se refere à “situação”, e não à Venezuela como país, como um risco para a segurança dos EUA.

“Não negamos que a linguagem do texto criou certa confusão em nossos parceiros” na região, disse depois Zúñiga em outro encontro com jornalistas.

Em resposta, o presidente venezuelano deu as boas-vindas ao novo gesto do governo americano.

“Eu saúdo as declarações que foram emitidas por dois assessores do presidente Obama. Hoje houve declarações muito interessantes de Ben Rhodes, meu amigo Ben Rhodes, e de Roberto Zúñiga, também assessor de Barack Obama. Claro que estamos interessados na amizade com respeito”, disse Maduro durante seu programa de rádio e televisão. EFE

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