República Centro-Africana: 13 pessoas são queimadas vivas por ex-rebeldes

  • Por Agencia EFE
  • 13/05/2014 16h32
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Bangui, 13 mai (EFE).- Um grupo de supostos ex-rebeldes de Séléka queimaram 13 pessoas vivas neste fim de semana durante um ataque à cidade de Dissikou, na República Centro-Africana (RCA), informaram nesta terça-feira à Agência Efe testemunhas do incidente.

“Homens de Séléka fortemente armados atacaram nosso povo. Aproveitando o pânico, detiveram 13 pessoas, a quem encerraram dentro de uma casa e lhes atearam fogo”, disse à Efe a testemunha, que conseguiu encontrar refúgio na catedral católica de Santa Theresa da cidade vizinha de Kaga Bandoro.

“Uma pessoa que tentou escapar pela janela foi assassinada com tiros na hora”, acrescentou a fonte, um morador de Dissikou.

No entanto, contatado pela Efe em Bangui, o general Abdel-Qadeer Kalil, um dos líderes de Séléka, negou o envolvimento de seus homens no ataque.

Este novo incidente violento acontece dois dias depois que os ex-rebeldes de Séléka realizaram na cidade de Ndele um congresso para reestruturar a organização e melhorar sua imagem depois dos graves abusos cometidos por seus homens.

A República Centro-Africana sofre uma espiral de violência protagonizada por milícias muçulmanas, partidárias do ex-grupo rebelde Séléka, e cristãs, as denominadas Anti-Balaka, desde dezembro do ano passado.

A coalizão Séléka, composta por quatro grupos rebeldes, pegou em armas no norte do país em dezembro de 2012 por considerar que o então presidente, François Bozizé, não tinha respeitado os acordos de paz assinados em 2007.

A capital Bangui foi tomada em março de 2013 pela então coalizão rebelde Séléka, que assumiu o poder no país após a fuga do derrubado Bozizé.

No final do ano passado, as milícias cristãs Anti-Balaka se alçaram contra os partidários de Séléka, e contra a população muçulmana em geral, em represália pelos abusos cometidos pelos ex-rebeldes.

Um frágil governo de transição controla formalmente o país desde o último mês de janeiro. EFE

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