República Centro-Africana recebe negociações para deter violência no país

  • Por Agencia EFE
  • 21/07/2014 14h08

Brazzaville, 21 jul (EFE).- Representantes das duas milícias em confronto da República Centro-Africana (RCA) iniciaram nesta segunda-feira uma rodada de conversas em Brazzaville para tentar deter o conflito que acontece há mais de um ano, que deixou milhares de mortos e mais de 1 milhão de deslocados.

O objetivo do fórum, que reúne 170 delegados sob a mediação do presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso, é conseguir um cessar-fogo entre os partidários da coalizão Seleka, de confissão muçulmana, e os grupos cristãos Anti-Balaka.

A parte oficial está liderada pela presidente interina da RCA, Catherine Samba Pança, e também participam representantes da ONU e da União Africana, entre outras instituições.

Em 24 de março de 2013, os partidários da coalizão Seleka tomaram a capital do país, Bangui, e seu líder, Michel Djotodia, assumiu o poder de forma interina após a fuga do presidente deposto François Bozizé.

Em dezembro, na espera de eleições que nunca chegaram e tendo sofrido vários abusos da coalizão muçulmana, as milícias cristãs contra-atacaram e a violência sectária se estendeu rapidamente por todo o país.

O caos e a pressão internacional, com uma insuficiente presença de tropas francesas e africanas, derrubaram a Djotodia e erigiram a Catherine Samba-Panza – até então prefeita da capital – como presidente, o terceiro chefe de Estado em um ano.

Desde o final do ano passado, o conflito forçou a fuga de mais 1 milhão de pessoas, uma grande parte das quais buscou refúgio nos países vizinhos, especialmente no Chade e em Camarões. EFE

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