Republicanos pedem que Obama priorize a igualdade de oportunidades
Washington, 28 jan (EFE).- O partido republicano pediu nesta terça-feira que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, dê prioridade para a “igualdade de oportunidades” no país ao invés de se concentrar na igualdade de renda, e defendeu uma reforma migratória que privilegie a proteção das fronteiras e os trabalhadores qualificados.
Em sua resposta ao discurso de Obama sobre o Estado da União, a congressista Cathy McMorris Rodgers, presidente da Conferência de Republicanos da Câmara dos Representantes, criticou a insistência do presidente em elevar o salário mínimo, assim como também o fez a congressista Ileana Ros-Lehtinen em uma versão em espanhol da réplica.
“O presidente fala muito sobre a igualdade de renda, mas o verdadeiro problema que enfrentamos hoje em dia é a desigualdade de oportunidades”, disse Cathy. “E com as políticas desta administração, essa desigualdade é muito grande”, acrescentou.
A congressista disse que no mês passado, “mais americanos deixaram de procurar emprego do que aqueles que encontraram um”, e que em geral “cada vez mais pessoas ficam para trás, porque as políticas do presidente estão tornando a vida mais difícil”.
“Os republicanos têm metas para acabar com essa desigualdade. Um plano focado em primeiro lugar nos empregos, sem a necessidade de maiores gastos, sem subsídios do governo e sem regulações”, acrescentou.
Quanto ao pedido do presidente para que a reforma migratória seja aprovada este ano, a legisladora concordou que “é hora de honrar com a nossa história de imigração legal”.
“Nós estamos trabalhando em uma reforma migratória com soluções passo a passo, que primeiro foquem na segurança das fronteiras e que, mais uma vez, nos garantam que os Estados Unidos continuarão atraindo os melhores, os mais brilhantes e os mais trabalhadores do mundo”, afirmou.
Ileana, a líder republicana de origem hispânica da Câmara, mencionou também os trabalhadores qualificados em seu discurso em espanhol, mas não sobre a segurança das fronteiras, como crucial para regulamentar o “sistema falido de imigração com uma solução permanente”.
As duas congressistas exemplificaram sua mensagem com suas histórias pessoais, a de Cathy, que trabalhou com agricultura familiar em Kettle Falls (Washington) para depois ser a primeira de sua família a chegar à universidade, e a de Ileana, uma filha de imigrantes cubanos que se transformou na primeira mulher de origem hispânica no Congresso.
Cathy mencionou inclusive sua experiência como mãe de uma criança com síndrome de Down para afirmar que “ninguém define os limites dos americanos”, mas seu “potencial”.
Utilizou essa mesma experiência para mostrar que a reforma da saúde de Obama “não está funcionando” e a ideia republicana que cada pessoa “tem o direito de escolher seus cuidados de saúde” e “não o governo”.
“Seja uma criança com síndrome de Down ou uma mulher com câncer de mama, é você quem deverá encontrar cobertura e um médico que lhe atenda”, disse.
“Temos a esperança de que o presidente se unirá aos nossos esforços e fará deste um ano de ação, dando poder aos americanos, e não tornando sua vida mais difícil com mais desperdício de dinheiro, impostos mais altos, e menos empregos”, acrescentou.
Além dos discursos televisados de Cathy e Ilana, outros dois congressistas republicanos, Rand Paul e Mike Lee, emitiram também respostas ao discurso de Obama, na réplica mais extensa que já foi organizada pelo partido. EFE
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