Repúblicas ex-soviéticas pedem que Rússia se retire da fronteira ucraniana
Praga, 25 abr (EFE).- A Associação do Leste, agrupamento de seis antigas repúblicas soviéticas (Azerbaijão, Geórgia, Moldávia, Belarus, Ucrânia e Armênia) unidas por suas aspirações comunitárias, assinou um texto em que recomenda à Rússia que retire suas tropas da fronteira com a Ucrânia.
“Acertamos unanimemente recomendar à Rússia que, como gesto de paz reduza o conflito e retire o exército das fronteiras da Ucrânia”, assinalou o presidente tcheco, Milos Zeman, anfitrião de um encontro com o qual se realizou o quinto aniversário de uma iniciativa inaugurada em Praga em 2009.
A declaração, que tem forma de recomendação, foi assinada pelos presidentes do Azerbaijão, Geórgia, Moldávia, Belarus e Armênia e pelo ministro das Relações Exteriores interino da Ucrânia. O documento conta também com o respaldo dos presidentes da Áustria, Eslováquia, Polônia e Lituânia, assim como do vice-presidente do governo da Suécia, que participaram do evento.
A declaração de Praga recomenda “aconselhar à Ucrânia para que, segundo o estipulado (nas conversas entre Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Ucrânia em) Genebra, descentre o país e apóie as eleições presidenciais livres de 25 de maio, assim como outros pleitos, sem influências externas e com controle internacional”, acrescentou Zeman.
A República Tcheca ofereceu também a Moscou e a Kiev sua intermediação “para reduzir a tensão e evitar o que pode ocorrer nos próximos dias: uma guerra com muitas vítimas”, acrescentou o tcheco.
Zeman informou que a única condição para esta intermediação, que consistiria em uma “diplomacia do pêndulo entre Moscou e Kiev”, é que “ambas as partes a desejem”.
Andrii Deshchytsia, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, deu as boas-vindas a esta oferta e garantiu que seu país avalia todas as iniciativas que busquem reduzir a tensão.
O ministro disse que ainda existe a possibilidade de aplicar os acordos assinados no dia 17 deste mês em Genebra, apesar de acrescentar que já são “utilizados todos os meios diplomáticos para parar a agressão russa”. EFE
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