Responsável e algumas vítimas de acidente de trem em N.York são identificadas
Nova York, 4 fev (EFE).- As autoridades de Nova York identificaram nesta quarta-feira uma mulher de 49 anos como a causadora do acidente do Metro-North em Nova York, depois que seu carro ficou parado sobre a linha do trem, além de um curador de um museu e um economista entre as vítimas.
Ellen Schaeffer Brody, de 49 anos e mãe de três filhos, foi identificada como a motorista do veículo que ficou preso na linha do Metro-North em uma passagem em nível e que acabou sendo atingido pelo trem por volta das 18h30 locais de ontem (21h30 de Brasília).
Segundo o “New York Post”, Ellen trabalhava na empresa de design de joias israelense Jewelery Designs, uma das favoritas de Bill e Hillary Clinton, e voltava para casa quando provocou o acidente fatal na localidade de Valhalla, no condado de Westchester, ao norte da cidade de Nova York.
Várias vítimas ainda não foram identificadas, mas sabe-se que entre elas estava o curador do Departamento de Arte Europeia do Museu Metropolitano de Nova York, Walter Liedtke, de 69 anos e morador de Bedford Hills.
O museu comunicou a seus funcionários que Liedtke estava no primeiro vagão do trem que pegava todos os dias há 30 anos, segundo o “New York Daily News”, e que estavam “muito impressionados” com a notícia.
Sem confirmação oficial, mas com reações nas redes sociais, outra vítima seria Eric Vendercar, de 53 anos, pai de dois filhos e funcionário do fundo de investimento Mesirow Financial em Manhattan.
“Você sempre será admirado por todos aqueles que lhe conheceram”, escreveu sobre Vandercar no Facebook seu amigo Peter Glover. O economista trabalhou 27 anos para o Morgan Stanley antes de ocupar seu cargo atual.
Após o acidente, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, revelou à emissora “CBS” que a cena do acidente era “espantosa”.
Segundo Cuomo, o veículo foi arrastado por mais de 120 metros pelo trem, que transportava cerca de 700 pessoas. Os maiores danos ocorreram no primeiro vagão, que acabou pegando fogo após o choque, assim como o veículo que causou o acidente.
Trata-se do quarto acidente nessa linha metropolitana nos últimos dois anos e o que mais causou vítimas. Mesmo assim, Cuomo disse que, em princípio, não há planos para eliminar as passagens de nível existentes.
A investigação segue a cargo do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, sigla em inglês). Um de seus diretores, Robert Sumwalt, disse que, entre outras medidas, serão feitos testes para comprovar se os sinais funcionaram corretamente.
“Nosso objetivo é averiguar não só o que aconteceu, mas os motivos que levaram ao acidente e assim poder fazer recomendações de segurança para evitar que episódios como esse voltem a ocorrer”, acrescentou Sumwalt em declarações para a imprensa americana em Washington. EFE
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