Responsável por disparos que mataram médico em delegacia pode ser expulso da polícia
O agente de telecomunicações, responsável por disparos que mataram médico dentro de delegacia no ABC Paulista, poderá ser expulso da corporação. A troca de tiros, provocada por erro de interpretação dos funcionários, ocorreu no segundo distrito policial de Santo André, no sábado.
O agente André Bordwell da Silva confundiu a entrada de um PM à paisana, que buscava abrigo, com um ataque de bandidos. Houve tumulto; quem estava na delegacia para registrar ocorrência correu para áreas restritas e o policial atirou contra elas, pensando que fossem marginais.
Duas pessoas acabaram sendo atingidas, entre elas, o médico Ricardo Seiti Assanome, de 28 anos, que não resistiu aos ferimentos. O corregedor geral da Polícia Civil, Nestor Sampaio Penteado Filho, salientou que a prudência é essencial em qualquer situação.
*Ouça os detalhes no áudio
Na confusão, o agente de telecomunicações também foi baleado e acabou indiciado por homicídio doloso, quando há a intenção de matar. O governador Geraldo Alckmin avaliou que a morte do médico dentro da delegacia de Santo André foi decorrência de uma sucessão de erros graves.
A vítima namorava há mais de 10 anos e tinha planos de se casar ainda este ano. O primo dela, William Kondo, conta que havia acabado de se formar e adquiriu um apartamento para iniciar a vida de casado.
Assanome era formado em medicina e fazia residência para se especializar em pneumologia pediátrica. Ele foi velado e sepultado no cemitério Bairro Vila Pauliceia, em São Bernardo do Campo, nesta segunda-feira.
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