Restos do avião estão espalhados por 9 hectares e vigiados por 220 militares
Paris, 25 jul (EFE).- Os destroços do avião da Air Algérie acidentado na madrugada de quarta-feira estão espalhados em um espaço de nove hectares na região malinesa de Gossi e estão vigiados por mais de 200 militares na França, Mali e Holanda, informaram nesta sexta-feira as autoridades francesas.
Trata-se de uma zona de savana, “de cerca de 300 por 300 metros”, mas de “muito difícil acesso, particularmente em temporada de chuvas”, disse em um comparecimento perante a imprensa o ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius.
O dispositivo militar que controla a segurança no terreno está composto por 120 militares franceses, 60 malineses e 40 holandeses integrantes da Missão da ONU no norte do Mali (MINUSMA).
A investigação, segundo detalhou o secretário de Estado de Transporte, Frédéric Cuvillier, se dividirá em três fases e será iniciada com o recolhimento e preservação dos dados, entre os quais se incluem as caixas-pretas (uma já foi recuperada).
A segunda fase, cuja duração dependerá do estado desse material, implicará no “exame detalhado” dessas informações, e a terceira consistirá na análise e extração das conclusões sobre o ocorrido.
A localização formal dos destroços do aparelho, pertencente à companhia espanhola Swiftair, aconteceu ontem à noite, depois que fontes do Mali, Burkina Fasso e Holanda alertaram a França sobre sua possível localização.
“Não é uma zona de conflito imediato, mas a região de Gao é conhecida por ser uma zona insegura devido à presença de certos grupos terroristas. Tomamos todas as medidas para garantir a segurança de nossos homens e das operações”, afirmou o ministro francês de Defesa, Jean-Yves Le Drian.
A única certeza que se tem até o momento sobre o acidente é que o avião atravessou uma faixa de fortes tempestades e que o pessoal de voo manifestou sua intenção de mudar de rota justo antes que de perder o contato com o aparelho.
Na investigação vai colaborar também uma equipe de 21 gendarmes e policiais franceses, que devem chegar ao local nas próximas horas, assim como uma equipe de especialistas do organismo encarregado da investigação de acidentes aéreos, o BEA.
Fabius indicou que na investigação liderada pelas autoridades do Mali colaboram também de forma estreita Burkina Fasso, Espanha e Argélia, e ressaltou que “vai fazer de tudo” para esclarecer as causas exatas do acidente”. EFE
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