Resultados das eleições no Afeganistão serão anunciados amanhã

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2014 11h32
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Cabul, 14 mai (EFE).- A Comissão Eleitoral do Afeganistão (ICE) convocou para amanhã um novo pronunciamento para a imprensa para anunciar os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais no país, após o órgão adiar nesta quarta-feira a divulgação dos dados.

A ICE anunciou previamente que a divulgação não tinha data definida e isto só ocorreria quando a Comissão de Queixas Eleitorais (ECC) elucidar as denúncias de fraude na votação, realizada em 5 de abril.

No entanto, o responsável de comunicação da ICE, Marzia Seddiqi, disse à Agência Efe que está prevista para amanhã em Cabul uma entrevista coletiva às 11h locais (3h30 de Brasília) para comunicar os dados definitivos.

A Comissão Eleitoral justificou a demora ao grande número de denúncias pendentes, enquanto a ECC argumentou que a análise das queixas já tinham sido enviadas à ICE.

Os resultados preliminares apontaram como vencedor do primeiro turno Abdullah Abdullah, que obteve 44,9% dos votos, seguido por Ashraf Gani, com 31,5%, o que levaria ambos a se enfrentarem novamente no segundo turno, marcado para 7 de junho.

Membros da equipe eleitoral de Abdullah denunciaram ontem que dos quase sete milhões de votos introduzidos nas urnas, cerca “900 mil necessitavam ser esclarecidos”.

As eleições presidenciais de 2009 foram marcadas pela polêmica de supostas fraudes, que levaram Abdullah a retirar sua candidatura no segundo turno contra o atual presidente afegão, Hamid Karzai.

O processo define o sucessor de Karzai, no cargo há mais de doze anos após ganhar as duas últimas eleições, em 2004 e 2009. A Constituição afegã impede um terceiro mandato.

No primeiro turno, em 1.130 dos 20.561 colégios eleitorais a votação não pôde ser realizada por problemas de insegurança ou de infraestrutura.

O desenvolvimento do pleito, no entanto, foi elogiado pelos aliados do Afeganistão, que consideraram a participação alta apesar da ameaça dos talibãs contra quem participasse do processo eleitoral. EFE

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