Retrospectiva 2018: Desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida foi a grande tragédia em SP
O ano de 2018 foi marcado pelo incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandú, centro de São Paulo. O fogo começou no quinto andar, na madrugada de 1º de maio, feriado do Dia do Trabalho.
No prédio, pertencente à União, funcionava uma ocupação com 455 pessoas de 171 famílias, incluindo idosos e crianças. A Jovem Pan foi uma das primeiras emissoras a chegar ao local do incidente e, pela internet, vieram as primeiras imagens e informações.
As imagens do fogo se alastrando e da queda viralizaram pela internet e viraram notícia mundo afora. O rescaldo e tentativa de encontrar sobreviventes duraram cerca de duas semanas.
Mais de 1,7 mil bombeiros se revezaram nesse trabalho, em uma verdadeira luta contra o tempo, como disse à época, o capitão dos Bombeiros Leandro da Hora.
Ao todo, sete pessoas, incluindo duas crianças, morreram no desabamento. O edifício de 26 andares se reduziu a uma montanha de entulho, bem no coração da capital paulista.
A situação fez acender o alerta das autoridades sobre a precariedade das ocupações e uma força-tarefa para vistoriar imóveis em situação semelhante foi feita.
Pelo entorno do local, centenas de moradores do prédio se amontoavam em barracas, pedindo um lugar para morar, como o jovem Rafael Alves Ribeiro. Desde as primeiras horas do incidente, a prefeitura passou a triar as famílias, como explicou Cesar Hernandes, então gestor da assistência social, à época.
As famílias apenas deixaram o Largo do Paissandú mais de três meses depois da tragédia.
Naquela ocasião, segundo a Prefeitura, foram analisados casos de 435 famílias que se apresentaram como vítimas da tragédia, mas apenas 291 conseguiram comprovar vínculo com o edifício que caiu, e passaram a receber auxílio-moradia.
*Informações do repórter Fernando Martins
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