Reunião da Unasul sobre Venezuela anunciada para amanhã é adiada
Brasília, 11 mar (EFE).- A reunião que o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou que seria mantida amanhã pelos chanceleres da União de Nações Sul-americanas (Unasul) em Montevidéu, para tratar das medidas anunciadas pelos Estados Unidos contra a Venezuela, será realizada em outra data, disseram nesta quarta-feira à Agência Efe fontes do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
“Se chegou a contemplar a possibilidade que o encontro fosse nesta quinta-feira, mas acabou sendo adiado para uma data que ainda será definida” pelos próprios chanceleres da Unasul, explicou um porta-voz do Itamaraty.
A reunião foi anunciada em caráter de urgência por Correa depois que a Casa Branca declarou “emergência nacional” pelo “risco extraordinário” que a situação na Venezuela representa para a segurança dos Estados Unidos.
Além disso, o presidente dos EUA, Barack Obama, ordenou que as sanções aprovadas recentemente contra funcionários do governo da Venezuela sejam implementadas, uma decisão que foi considerada uma “agressão imperialista” pelo chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro.
O secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, opinou que as sanções impostas pelos EUA contra funcionários venezuelanos do alto escalão contribuem para “radicalizar os ânimos” em meio à “polarização vivida na Venezuela”.
Na semana passada, uma missão da Unasul liderada por Samper e que também contou com Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, além dos chanceleres de Colômbia e Equador, fez uma visita a Caracas e se reuniu com Maduro e representantes da oposição. A missão pediu que as partes resolvessem suas diferenças nas urnas, através de eleições parlamentares previstas para fim do ano.
Em resposta à decisão dos EUA, Maduro ordenou hoje que a forças armadas do país realizem no próximo sábado “um exercício militar defensivo” para identificar os pontos de defesa para proteger o país sul-americano, para que o mesmo “não seja tocado por ninguém”.
O presidente da Venezuela também solicitou poderes especiais ao parlamento para legislar por decreto e “enfrentar” as “ameaças” dos Estados Unidos, e incentivou os cidadãos “a se incorporarem e a apoiarem as forças armadas e a milícia nacional”. EFE
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