Revista: copiloto alemão consultou pelo menos cinco médicos antes da tragédia
A promotoria de Düsseldorf, que investiga na Alemanha os possíveis motivos para o copiloto Andreas Lubitz ter provocado a queda do avião da Germanwings nos Alpes franceses, registrou pelo menos cinco consultas médicas às quais o jovem compareceu, segundo informações da revista Der Spiegel.
A revista, citando fontes da investigação, explica que foram registradas cinco consultas e confiscados os históricos médicos de Lubitz, que, segundo a promotoria, até a véspera da tragédia aérea buscou na internet informações sobre métodos para se suicidar.
Vários médicos que o copiloto de 27 anos visitou entraram em contato com a polícia para informar que haviam informações sobre o jovem.
Entre os especialistas, segundo o “Der Spiegel”, há neurologistas e psicólogos.
A promotoria de Düsseldorf havia revelado que Lubitz tinha recebido há anos, antes de conseguir sua licença como piloto, tratamento psicoterapêutico por “tendências suicidas”.
Ao revistar suas casas, foi descoberto que o mesmo estava em tratamento e que, além disso, tinha uma licença médica para o dia da catástrofe, o que não foi comunicado à Germanwings, a filial de baixo custo da Lufthansa.
Segundo a companhia aérea, Lubitz informou para sua escola de voo em 2009, ao retomar sua formação após uma interrupção de meses, que tinha sofrido um episódio de depressão grave do qual presumivelmente havia se restabelecido.
O Escritório de Investigações e Análise (BEA) da França disse hoje que uma primeira análise da segunda caixa-preta do avião acidentado reforça a tese de que o copiloto derrubou o aparelho de forma deliberada.
O exame provisório dessa segunda caixa, que registra os parâmetros técnicos do voo, mostra que Lubitz recorreu ao piloto automático para iniciar o descenso e que o modificou posteriormente para aumentar a velocidade. EFE
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