Rio amanhece sem ônibus e milhares de trabalhadores ficam sem transporte

  • Por Agencia EFE
  • 08/05/2014 11h11

Rio de Janeiro, 8 mai (EFE).- Milhares de pessoas estão sem ônibus para ir ao trabalho nesta quinta-feira no Rio de Janeiro, devido a uma greve de 24 horas dos motoristas em reivindicação de maiores salários.

Alguns motoristas não aderiram à greve e os grevistas atacaram a pedradas e quebraram as janelas de pelo menos 50 ônibus que circulavam pelas ruas na zona oeste da cidade, informou a polícia.

Os poucos ônibus em serviço foram disputados por centenas de passageiros e o metrô e os trens municipais tiveram que adotar medidas extraordinárias para cobrir o aumento da demanda.

A situação se repetiu, embora sem a mesma gravidade, em alguns municípios da região metropolitana de São Paulo, a maior cidade do país, onde os motoristas de três grandes empresas também decidiram cruzar os braços.

Pelo menos 90 ônibus permaneceram nas garagens em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Também houve paralisações parciais de motoristas de ônibus nas cidades de Belém (norte) e Florianópolis (sul).

A greve no Rio foi aprovada de forma inesperada em uma assembleia ontem à noite por um grupo de dissidentes do Sindicato dos Motoristas e ganhou uma rápida adesão.

A paralisação obrigou muitos cariocas a utilizar seu carro particular para ir ao trabalho, o que, somado a manifestações de alguns motoristas em importantes vias, provocou grandes engarrafamentos em várias áreas da cidade.

Os motoristas reivindicam um aumento salarial de 40% e rejeitaram um acordo alcançado pelo sindicato que os representa, pelo que os proprietários das empresas de ônibus concederam um aumento de 10%, acima da inflação do último ano (6,5%).

Os profissionais insatisfeitos com o acordo aprovado pelo sindicato montaram piquetes nas portas das garagens de pelo menos 44 empresas de ônibus para impedir a saída dos veículos.

O presidente do Sindicato de Motoristas do Rio de Janeiro, José Carlos Sacramento, disse à imprensa que o acordo com a patronal foi aprovado por uma grande maioria e vinculou a greve à campanha do pleito de outubro próximo. EFE

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