Rohani afirma que negociação nuclear com Grupo 5+1 está progredindo
Teerã, 18 mai (EFE).- O presidente iraniano, Hassan Rohani, afirmou nesta segunda-feira que as negociações com os países do Grupo 5+1 (Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Rússia, além da Alemanha) tiveram um “bom progresso” e que “com séria determinação” de ambas as partes “se chegará a um acordo no tempo estipulado”.
O líder iraniano se mostrou otimista com relação à possibilidade de chegar a um pacto definitivo sobre o assunto do programa nuclear de seu país, apesar de ter advertido que para chegar a um bom termo “as pressões e as sanções” são “inaceitáveis”.
“O Irã é transparente e provou que entrou no diálogo nuclear com determinação para chegar a um acordo”, disse Rohani.
Nesse sentido, Rohani apontou que com o possível pacto, seu país continuará com as atividades nucleares cujo único fim é “pacífico”, e que estarão sob a supervisão do a Agência Internacional da Energia Atômica (IAEA, em sua sigla em inglês).
Precisamente, e no contexto da mesma reunião com seu par húngaro, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohamad Javad Zarif, ressaltou que o Irã está disposto a aplicar o Protocolo Adicional da IAEA para a revisão de suas instalações nucleares, apesar de insistir que esse protocolo não autoriza “a ter acesso a lugares pouco razoáveis ou ilógicos”.
Zarif se referiu assim a recentes declarações do presidente da IAEA, o japonês Yukiya Amano, que indicou que a aplicação do Protocolo Adicional permitiria o acesso de seus técnicos a instalações militares iranianas, algo que o país asiático disse que nunca aceitará.
“Como sempre dissemos, o Irã está pronto para dar transparência a suas atividades nucleares dentro do marco das regulações internacionais. O Protocolo Adicional de nenhuma maneira garante acesso sem justificativa lógica às instalações de um país. As regulações previnem que haja um mal uso deste Protocolo em um marco definido e supervisado”, acrescentou.
Outro alto responsável das negociações nucleares do Irã, Hamid Baedineyad, descartou também hoje plenamente a possibilidade de que as instalações militares do país asiático possam ser objeto de revisão por parte da IAEA se houver um acordo.
“Para satisfazer este organismo não é necessário permitir o controle de nossos centros militares. Nenhum negociador iraniano deixará os inimigos terem acesso a esses lugares, já que isso colocaria a segurança nacional em perigo”, acrescentou. EFE
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