Roma defende relações entre Rússia e UE apesar da crise da Ucrânia
Moscou, 1 jun (EFE).- A situação na Ucrânia não deve colocar em risco as relações entre Rússia, Itália e União Europeia, advertiu nesta segunda-feira em Moscou o ministro italiano de Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, depois de se reunir com seu colega russo, Sergei Lavrov.
“Nunca pensamos que estas diferenças devem levar ao congelamento das relações entre Itália, Europa e Rússia. Isto não corresponde com os interesses de nenhuma das partes”, disse Gentiloni.
O ministro admitiu, ao mesmo tempo, que a Itália nunca negou que existam diferenças com Moscou sobre a crise da Ucrânia e o papel que a Rússia tem na mesma, acusada por alguns países do Ocidente de ajudar com armas e inclusive com tropas os separatistas pró-Rússia rebeldes contra Kiev.
“As diferenças que existem hoje em dia não devem impedir o diálogo e o trabalho conjunto que fazem nossos países”, ressaltou antes da reunião com Lavrov o chefe da diplomacia italiana, que antecipou então que Roma quer “fazer sua contribuição ao desenvolvimento da agenda entre Rússia e a União Europeia”.
Gentiloni lamentou que a “troca comercial entre Rússia e Itália caiu 16%” após a adoção de sanções mútuas entre Moscou e os vinte E oito.
Ao mesmo tempo, o ministro destacou que os empresários italianos que trabalham neste país, e com os quais se reuniu na véspera, “têm intenção de permanecer na Rússia e investir, inclusive em projetos de infraestruturas” de longo prazo.
Enquanto isso, Lavrov disse que a situação atual nas relações russo-italianas “não merecem o pessimismo”, dado que se criaram “importantes mecanismos que ajudam a garantir uma cooperação estável”.
“Temos as mesmas posições sobre como não permitir a fratura dos alicerces sobre os que descansam as relações entre Rússia e a UE”, concluiu o ministro russo. EFE
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