Rompimento de barragem causou prejuízo de R$ 23 mi a agricultores, diz Emater

  • Por Agência Estado
  • 16/02/2016 19h04
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Bento Rodrigues EFE Veja mais imagens da destruição causada por rompimento de barragem em Minas

Os produtores rurais atingidos pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), tiveram prejuízo de R$ 23,2 milhões, informou a Emater-MG, em nota, após estudo para avaliar os impactos provocados pelo acidente em Barra Longa, Mariana, Ponte Nova e Rio Doce. A barragem se rompeu em 5 de novembro do ano passado e esparramou um rio de lama e dejetos ao longo do Vale do Rio Doce, configurando-se no mais grave desastre ambiental do País.

O levantamento feito pela Emater-MG foi realizado entre novembro de 2015 e janeiro deste ano, e vistoriou, até agora, 95% das 195 propriedades atingidas. Segundo o presidente da Emater-MG, Amarildo Kalil, os técnicos da empresa estão visitando cada uma das propriedades. “Nossos técnicos estão fazendo as visitas e aplicando um questionário. É um levantamento para ter uma ideia do prejuízo e que poderá subsidiar o Estado no caso de um plano de recuperação econômica destas propriedades”, explica. 

A maior parte do prejuízo foi em áreas utilizadas para pastagem, campineiras, plantações de cana-de-açúcar, grãos e horticultura. O valor estimado é de R$ 15,6 milhões em 1.270 hectares de terras atingidas. Em seguida, estão as perdas com 216 construções (R$ 5,2 milhões), 161 quilômetros de cercas (R$ 977 mil), 293 máquinas e equipamentos (R$ 760 mil) e 1.596 animais perdidos (R$ 651 mil), principalmente aves. O levantamento também apurou que 34 produtores possuem financiamento de crédito rural, que somam o valor de R$ 3,3 milhões. 

Kalil destaca que a porcentagem das áreas atingidas nas propriedades foi de, em média, 12,9%. “Tivemos 164 propriedades com menos de 50% da área atingida. Em muitos desses casos, será possível retomar a atividade agropecuária. Já em outras 31 propriedades, a lama destruiu mais de 50% da área. Nestes locais será mais difícil voltar a desenvolver as atividades anteriores”, explica. Ele também acredita que as pessoas das áreas que tiveram a maior parte da propriedade atingida poderão ser indenizadas.

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