RSF denuncia onda de detenções de mulheres jornalistas no Irã
Paris, 28 jul (EFE).- A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) alertou nesta segunda-feira quanto a um aumento no número de mulheres jornalistas e internautas presas no Irã, que subiu para dez, com a detenção na semana passada de duas jornalistas iranianas e de uma fotógrafa americana.
A RSF disse em comunicado que não sabem nem os motivos nem as autoridades responsáveis pela detenção dessas três jornalistas, que aconteceu e 22 de julho em seus domicílios em Teerã.
Irã é “a primeira prisão do mundo para mulheres jornalistas e internautas”, denunciou a ONG, ao lembrar que na atualidade 65 comunicadores permanecem retidos em prisões iranianas, dentre os quais dez são mulheres, e três têm nacionalidades de outros países.
São a citada fotógrafa americana, de identidade desconhecida, e as internautas Saberi Negai Nobakht, irano-britânica, e Farideh Shahgholi, germânico-iraniano, condenadas por seus comentários no Facebook.
Até agora, as autoridades britânicas e alemãs “não fizeram nenhuma declaração oficial sobre a detenção de suas cidadãs”, afirmou a RSF.
As sete jornalistas que já foram condenadas foram sentenciadas a penas que variam entre seis meses e 20 anos de prisão.
A RSF acusou o presidente iraniano, Hassan Rohani, de descumprir suas promessas de libertar todos os presos de opinião e de facilitar, com “seu silêncio”, a repressão contra a liberdade de informação. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.