R.Unido e Holanda acreditam que UE deve reconsiderar relação com a Rússia
Londres, 19 jul (EFE).- Os governos britânico e holandês acreditam que a União Europeia (UE) deve reconsiderar sua relação com a Rússia após o acidente do avião malaio no leste da Ucrânia, no qual morreram 288 pessoas, 193 de nacionalidade holandesa, segundo informou neste sábado Downing Street.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, falou neste sábado com seu colega holandês, Mark Rutte, e os dois coincidiram que o vínculo do bloco comunitário com Moscou deveria ser revisado.
Além disso, Downing Street informou que o embaixador russo em Londres, Alexander Yakovenko, foi convocado hoje ao Foreign Office onde foi pedido que entre em contato com o presidente russo, Vladimir Putin, que influencie nos rebeldes pró-russos do leste da Ucrânia para que permitam o acesso à zona onde caiu o avião, que foi derrubado por um míssil, segundo os serviços de inteligência americanos.
Uma porta-voz de Downing Street disse que membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) tiveram um acesso “limitado” ao terreno onde caiu o aparelho.
Segundo a fonte, Cameron também falou com o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, e ambos estiveram de acordo que a ONU pressione para que se permita chegar ao lugar.
“Os três líderes são claros no sentido de que o presidente Putin necessita se envolver ativamente com a comunidade internacional e utilizar sua influência sobre os separatistas para assegurar que permitem o acesso ao lugar do acidente”, acrescentou a porta-voz.
Segundo o governo britânico, especialistas da Polícia Metropolitana de Londres devem chegar amanhã à Ucrânia para ajudar nas tarefas de recuperar, identificar e repatriar os corpos das vítimas do acidente.
Antes, o ministro britânico das Relações Exteriores, Philip Hammond, advertiu a Putin que o mundo observa a Rússia para assegurar que cumpre com suas obrigações com as vítimas do acidente do avião malaio e no qual faleceram seus 298 ocupantes.
Em declaração, Hammond disse que é cada vez mais provável a hipótese de que o aparelho foi derrubado por um míssil disparado pelos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia.
Hammond insistiu que a prioridade do Reino Unido é assegurar que as vítimas sejam tratadas com “respeito e dignidade” quando seus corpos forem retirados do lugar onde caiu o avião.
O Boeing-777 de Malaysia Airlines, que fazia a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur, caiu na quinta-feira na região oriental de Donetsk, palco de combates entre as forças governamentais da Ucrânia e os rebeldes pró-russos. EFE
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