Rússia acolhe cerca de 12 mil refugiados sírios que fugiram da guerra

  • Por Agencia EFE
  • 04/09/2015 18h40

Moscou, 4 set (EFE).- A Rússia acolhe cerca de 12 mil refugiados sírios que fugiram da guerra em seu país, dos quais 2 mil receberam o status de asilados temporários, informou nesta sexta-feira o Serviço Federal de Migração (SFM) do país.

Além disso, outros 2 mil sírios receberam certificado de residência, 2.666 obtiveram permissão de estadia temporária e o resto foi incluído no registro migratório federal.

“É concedido asilo aos sírios levando em conta a situação no país, da qual a Chancelaria russa mantém constantemente informados os serviços migratórios”, explicou Nikolai Smorodin, subdiretor do SFM, à agência “Interfax”.

Segundo fontes oficiais, a maioria de solicitantes de asilo é formada por sírios que contraíram casamento com cidadãos da Federação Russa.

Neste ano, quase o mesmo número de sírios, mais de sete mil, entraram e saíram da Rússia, segundo os dados dos serviços migratórios.

Além disso, o funcionário negou um endurecimento dos requisitos de amparo para os refugiados desse país árabe em guerra desde 2011 e cujo regime tem no Kremlin um de seus poucos aliados.

A conhecida ativista Svetalana Gannushkina denunciou que o SFM se negou de maneira a prolongar o asilo aos sírios, apesar da ONU recomendar encarecidamente não devolvê-los a seu país de origem e nem à região do Oriente Médio.

A Chancelaria russa pediu ontem aos países europeus afetados pelo êxodo de centenas de milhares de imigrantes árabes e africanos que copiem suas ações na hora de enfrentar a grave crise humanitária provocada pela explosão da guerra na Ucrânia.

A Rússia acolheu em seu território “mais de 900 mil pessoas procedentes da Ucrânia. Delas, mais de 400 mil podem ser consideradas refugiadas”, disse Maria Zajarova, porta-voz da Chancelaria russa.

Centenas de milhares de ucranianos cruzaram a fronteira após a explosão há mais de um ano dos combates entre as forças governamentais ucranianas e as milícias separatistas pró-russas nas regiões orientais de Donetsk e Lugansk.

Além dos deslocados pela guerra, que deixou mais de 7 mil mortos, um número indeterminado de adultos em idade militar fugiram da Ucrânia para não ter de combater nesse conflito civil. EFE

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