Rússia acusa EUA de exercer pressões políticas sobre a Venezuela

Moscou, 12 mar (EFE).- A Rússia acusou os Estados Unidos de exercerem pressões políticas sobre a Venezuela e advertiu que a desestabilização desse país seria uma ameaça tanto para a democracia venezuelana como para toda a América Latina.

“Advertimos com preocupação o aumento das tendências negativas e da situação desestabilizadora na República Bolivariana da Venezuela, que está unida à Rússia por estreitos laços de amizade e associação estratégica”, informou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.

A Rússia considera que a atual tendência “é uma ameaça para a estabilidade democrática desse país e pode ter consequências muito graves para a situação na região latino-americana, em geral”.

“O agressivo aumento das pressões políticas e sancionadoras sobre Caracas por Washington discrepa da postura de muitos membros da comunidade internacional, que defendem a busca de soluções construtivas para os problemas internos da Venezuela”, apontou.

A chancelaria russa destacou ainda que o anúncio dos EUA sobre a situação na Venezuela representa “uma ameaça incomum e extraordinária para a segurança nacional”.

“Confirmamos nossa firme solidariedade com o povo da Venezuela e seus dirigentes escolhidos legalmente, e nossa decidida rejeição contra qualquer tipo de ação violenta e golpes de Estado como método para derrubar governos legítimos de estados soberanos”, ressaltou a nota oficial russa.

Além disso, Moscou apoiou o envio à Venezuela de uma missão mediadora da União de Nações Sul-americanas (Unasul).

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, visitou a Rússia em janeiro, onde se reuniu com o presidente Vladimir Putin, para discutir a forte queda dos preços do petróleo, que afetou as economias dos dois países.

Recentemente a Rússia homenageou o falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, citando-o como um dos mais brilhantes líderes da América Latina e um autêntico amigo da Rússia. EFE