Rússia acusa Otan de converter região báltica em zona de antagonismo militar

  • Por Agencia EFE
  • 21/11/2014 17h22
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Moscou, 21 nov (EFE).- A Rússia acusou a Otan nesta sexta-feira de transformar os três países bálticos – Estônia, Letônia e Lituânia – em zona de antagonismo militar após a primeira visita à região do secretário-geral aliado, Jens Stoltenberg.

“A Otan quer transformar a região báltica, que era, insisto, uma região muito tranquila do ponto de vista militar, em uma espécie de zona de antagonismo militar com a Rússia”, disse Aleksandr Grushko, embaixador russo na Otan.

Em entrevista à televisão russa o diplomata tachou dita política aliada de “beco sem saída” e advertiu que a Rússia atuará em consequência.

Grushko advertiu que “os esforços realizados pela Polônia e os bálticos para conseguir a presença de tropas estrangeiras em seus territórios não melhorarão sua segurança”.

Ao contrário, acrescentou, já que “do ponto de vista dos equilíbrios de forças militares, qualquer alteração aumenta o risco de incidentes militares e dispara a tensão”.

Além disso, o embaixador qualificou de “campanha propagandística” as denúncias feitas nos últimos dias por Stoltenberg sobre uma crescente atividade aérea russa na região e de “falsas” as afirmações sobre uma concentração de tropas e armamento russo na fronteira com a Ucrânia.

Grushko também lamentou que as medidas de contenção que valeram durante muitos anos na fronteira entre Rússia e as três antigas repúblicas soviéticas bálticas já não estejam em vigor.

Por outra parte, acusou os Estados Unidos de desfraldar “a ameaça russa” para obrigar seus parceiros europeus a aumentar seu orçamento militar e adquirir armamento americano.

Durante sua visita aos países bálticos, Stoltenberg comentou que o comportamento dos aviões de guerra russos lembra os tempos da Guerra Fria. EFE

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