Rússia afirma que relações com União Europeia continuarão sendo prioridade

  • Por Agencia EFE
  • 27/12/2014 11h08

Moscou, 27 dez (EFE).- As relações da Rússia com a União Europeia continuarão sendo uma das prioridades da política externa de Moscou apesar das tensões provocadas pela crise ucraniana, afirmou um documento publicado neste sábado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

“Apesar da complexidade do momento, as relações com a União Europeia, vizinha e maior parceira comercial, objetivamente continuarão sendo durante anos uma das prioridades da política externa russa”, destacou o texto.

O documento, intitulado “Principais eventos de política externa em 2014”, destacou que o ano que termina se caracterizou “pela acumulação de elementos de instabilidade e pelo aumento das crises nas relações internacionais, que se encontram uma fase de transição”.

A chancelaria indicou que neste processo, rumo à formação de uma nova ordem mundial multipolar, é possível observar p afã de dominação de uma série de Estados, que tentam impor seus interesses sem levar em consideração os de outros participantes da cooperação internacional.

A crise ucraniana foi a “culminação desta política”, acrescentou, e ressaltou que “os Estados Unidos e a União Europeia respaldaram abertamente o golpe de Estado anticonstitucional de Kiev” e a campanha militar na região leste da Ucrânia.

Segundo Moscou, a piora das relações russas com Ocidente foi promovida pelos Estados Unidos, favorável ao aumento das sanções contra a Rússia por sua postura frente à crise ucraniana.

“Consideramos que será possível levar as relações bilaterais (com os EUA) a uma situação de estabilidade se Washington manifestar sua disposição de dialogar na base da igualdade e do respeito mútuo de interesses”, acrescentou o documento.

O Ministério das Relações Exteriores destacou que Moscou aplicou “esforços enérgicos” para ajudar no estabelecimento da trégua no leste da Ucrânia e promover a adoção de medidas políticas para a solução do conflito, que deixou cinco mil mortos e provocou o êxodo de centenas de milhares no leste da Ucrânia e na Rússia. EFE

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