Rússia ainda desconhece causas de problema em “nave perdida”

  • Por Agencia EFE
  • 30/04/2015 15h15
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Moscou, 30 abr (EFE).- O governo russo admitiu nesta quinta-feira que ainda desconhece as causas do problema no cargueiro espacial Progress M-27M, lançado na terça-feira com destino à Estação Espacial Internacional e que agora cai em direção à Terra sem que se saiba exatamente quando e onde cairão os destroços.

“Se tivéssemos algo concreto, poderíamos determinar o que ocorreu. Por enquanto, ninguém tem versões significativas, é muito estranho. Demos tempo aos especialistas”, disse o vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozin, à imprensa local.

Rogozin, que presidiu uma reunião especial sobre o assunto hoje, destacou que “as causas da falha devem ser estabelecidas detalhadamente” para reduzir ao máximo os riscos para a confiabilidade dos dispositivos espaciais russos.

O político também ressaltou que a primeira falha na história dos Progress influenciará no lançamento de naves tripuladas Soyuz e descartou, por enquanto, possíveis demissões na agência espacial russa, Roscosmos.

Utilizadas há 35 anos, as Progress são um dos grandes orgulhos da indústria aeroespacial russa, com um histórico praticamente impecável. Até então, apenas um acidente havia sido registrado, em agosto de 2011, provocado por um falha do foguete portador.

O Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia perdeu o controle do cargueiro, lançado da base de Baikonur (Cazaquistão) na terça-feira, depois que a nave entrou em órbita errada e deixou de enviar dados à Terra por não ter ativado a totalidade das antenas.

Todas as tentativas para retomar o controle da nave automática, que deveria levar à Estação Espacial Internacional cerca de 2,5 toneladas de abastecimento (combustível, oxigênio, alimentos e equipamentos), foram mal-sucedidas.

A nave pode cair sobre o planeta na próxima semana, entre os dias 5 e 7 de maio, segundo a Energia, fabricante dos cargueiros, que detalhou que a tendência é quase todas partes da Progress se desintegrarem nas camadas densas da atmosfera. EFE

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