Rússia considera legítimas eleições sírias, e critica Ocidente
Moscou, 5 jun (EFE).- A Rússia considerou legítimas nesta quinta-feira as eleições presidenciais realizadas na Síria, que deram uma arrasadora vitória do líder Bashar al-Assad, e censurou a reação do Ocidente, que as condenou.
“Não pode mais nos causar preocupação a reação politizada e superficial para às eleições sírias por parte de alguns parceiros internacionais”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Alexander Lukashevich.
“Não é admissível ignorar a opinião de milhões de sírios que, apesar da ameaça à segurança geral e à segurança para suas próprias vidas em relação à alta ameaça terrorista, apesar de tudo, foram aos centros de votação e fizeram sua escolha em prol do futuro do país. Não temos base para duvidar da legitimidade dessas eleições”, acrescentou.
No entanto, admitiu que “não podem ser considerados 100% perfeitas do ponto de vista dos padrões democráticos”, devido às circunstâncias em que se desenvolveram.
Por sua vez, o presidente do comitê parlamentar de Assuntos Internacionais da Câmara alta russa, Mikhail Margelov, opinou que não há motivos para duvidar da legitimidade das eleições na Síria e não fazê-lo sobre as realizadas na Ucrânia, em alusão à rejeição do Ocidente as primeiras e o apoio as segundas.
“A opinião expressada pelo povo nas urnas sempre merece respeito, independente do difícil que tenham sido as circunstâncias”, manifestou.
Ele acrescentou que a única diferença entre o contexto em que se realizaram ambos os pleitos foi em “quantidade” e não “qualidade”, já que os dois aconteceram no meio de operações militares.
“Mas seria cínico comparar a quantidade de sangue derramado, incluindo a de inocentes”, disse.
Moscou reagia assim à decisão dos líderes do G7 que consideram uma “farsa” as eleições presidenciais realizadas na terça-feira na Síria. EFE
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