Rússia culpa Ucrânia por não fechar espaço aéreo antes de incidente com avião

  • Por Agencia EFE
  • 18/07/2014 14h41

Nações Unidas, 18 jul (EFE).- A Rússia responsabilizou nesta sexta-feira às autoridades ucranianas pelo incidente do avião de Malaysia Airlines no leste do país por não ter fechado o espaço aéreo em uma zona de combate.

“Qualquer pessoa normal se perguntará por que os controladores aéreos ucranianos mandaram um avião a uma zona de combate, uma região onde a aviação é utilizada para ataques, sobretudo contra alvos civis, e onde há em funcionamento sistemas de defesa antiaérea”, disse o embaixador russo diante da ONU, Vitaly Churkin, em um discurso ao Conselho de Segurança.

Churkin ressaltou que segundo a legislação internacional é responsabilidade das autoridades nacionais garantir a segurança dos aviões civis que sobrevoam seu espaço aéreo e pediu por isso uma investigação sobre a gestão da Ucrânia.

“É preciso investigar não somente a catástrofe, mas à medida que as autoridades da aviação civil ucraniana respeitaram suas obrigações e utilizaram seus direitos”, defendeu o embaixador russo.

“Fizeram realmente todo o possível para que a campanha militar desencadeada por Kiev não leve a essa tragédia?”, se perguntou, criticando que até hoje não tenha sido decretado o fechamento do espaço aéreo na zona do incidente.

Churkin, que defendeu a abertura de uma investigação internacional sobre o fato, pediu também para não “pressionar os investigadores tentando prejulgar os resultados com declarações e insinuações”.

O embaixador fez isso em resposta às palavras de vários embaixadores ocidentais, que apontaram para a provável responsabilidade das milícias separatistas na suposta derrubada da aeronave.

A representante americana na ONU, Samantha Power, assegurou que o avião foi “provavelmente derrubado por um míssil terra-ar, um SA-11, operado de uma região controlada por separatistas no leste da Ucrânia”.

O embaixador ucraniano, Yuriy Sergeyev, também responsabilizou os rebeldes e a Rússia por lhes dar apoio militar e lembrou que nos últimos dias as milícias sublevadas já derrubaram caças ucranianos. EFE

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