Rússia desmente que avião que caiu no Egito foi alvo de atentado terrorista

  • Por EFE
  • 31/10/2015 13h58
Parentes de vítimas do MetroJet Airbus A321 choram em São Petersburgo EFE/EPA/ANATOLY MALTSEV Avião russo cai no Egito matando 224 pessoas

O Ministério de Transporte da Rússia classificou como inverídicas as informações que apontaram que o avião russo com 224 pessoas a bordo que caiu na Península do Sinai, no Egito, tivesse sido alvo de um atentado terrorista.

“Em alguns veículos de imprensa apareceram informações de que o avião de passageiros russo que voava de Sharm el-Sheikh a São Petersburgo foi atingido por um míssil lançado por terroristas. Esta informação não pode ser considerada verídica”, informou o ministro do Transporte, Maxim Sokolov.

De acordo com o político, as autoridades de Rússia e Egito estão em contato próximo, e “neste momento não há nenhuma informação que confirme essas fantasias”.

Sokolov disse que especialistas já estão trabalhando no lugar da catástrofe e que, “além disso, dentro de muito pouco começará a trabalhar também a comissão internacional, que com base nos materiais coletados e uma análise profunda de todas as informações tirará as conclusões sobre as causas da tragédia”.

Reivindicação

O grupo terrorista Wilayat al-Sina, filial do Estado Islâmico (EI) no Egito, disse ter sido o responsável pela queda de um avião russo com 224 pessoas a bordo, neste sábado, em uma região montanhosa da província do Sinai.

Em comunicado cuja autenticidade não pôde ser confirmada, o grupo alegou que “os soldados do califado conseguiram derrubar um avião russo que sobrevoava o Estado do Sinai com mais de 220 cruzados russos a bordo”.

A aeronave, um Airbus A320 pertencente à companhia russa Metrojet (Kogalimavia), caiu 23 minutos após decolar com destino a São Petersburgo levando 217 passageiros e sete tripulantes, todos cidadãos russos.

“Que saibam os russos e seus aliados, que não há segurança para eles na terra dos muçulmanos, nem em seu espaço aéreo”, diz a nota do Wilayat al-Sina, em texto divulgado nas redes sociais.

O grupo ainda apresenta uma ameaça, dando a entender que os ataques não ficarão restritos ao deste sábado. “Morrem dezenas de pessoas no território de Shams (Oriente Médio) pelos bombardeiros de seus aviões. Da mesma forma que matam, serão mortos”, diz o texto.

Além disso, os jihadistas divulgaram um vídeo com imagens de um avião explodindo no ar, sem apresentar qualquer evidência que se trate da aeronave russa da catástrofe de hoje. As autoridades egípcias não revelaram ainda as causas do acidente, mas anunciaram que as investigações já estão em curso. 

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