Rússia diz que Estados Unidos dirigem ações das autoridades ucranianas

  • Por Agencia EFE
  • 23/04/2014 08h44
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Moscou, 23 abr (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou nesta quarta-feira os Estados Unidos de dirigirem as ações das autoridades ucranianas, entre elas o reatamento da operação antiterrorista no sudeste da Ucrânia.

“Tinham anunciado a suspensão do que chamam operação antiterrorista, mas agora que Joe Biden (vice-presidente dos EUA) visitou Kiev, declararam o reatamento da fase ativa desta operação, que começou justamente depois da visita do John Brennan (diretor da CIA) a Kiev”, disse Lavrov ao canal russo “RT”.

O chefe da diplomacia russa afirmou não ter “motivos para não pensar que os americanos dirigem todo este espetáculo de maneira direta”.

Lavrov acrescentou que Kiev descumpre os acordos alcançados em Genebra entre os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e a União Europeia para pôr fim à escalada de tensão nas regiões de Donetsk e Lugansk, no sudeste da Ucrânia.

“Kiev não cumpriu nada do que tinham que começar a cumprir segundo o estipulado em Genebra”, lamentou Lavrov.

Por outro lado, o Gabinete de Ministros da Ucrânia também acusou hoje Moscou de descumprir os acordos de Genebra e pediu à Rússia que se distancie dos ativistas e milicianos armados que ocupam há mais de duas semanas vários edifícios oficiais em Donetsk e Lugansk.

A Ucrânia retomou hoje a fase ativa da operação antiterrorista no sudeste do país em cumprimento da ordem do presidente interino do país, Aleksandr Turchinov.

A fase ativa foi suspensa durante as festas de Páscoa, mas a partir de hoje continua. As forças da ordem trabalham para liquidar todos os grupos (milícias pró-Rússia) que atuam em Kramatorsk, Slaviansk e outras cidades nas regiões de Donetsk e Lugansk”, anunciou o vice-primeiro-ministro ucraniano, Vitali Yarema.

Tanto Slaviansk como a vizinha Kramatorsk, convertidas em bastiões do protesto pró-Rússia no sudeste da Ucrânia após serem tomadas e cercadas por milicianos armados, são o principal alvo principal da operação antiterrorista lançada por Kiev na semana passada. EFE

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