Rússia diz que poderá adotar medidas contra sanções de EUA e UE
Santiago do Chile, 30 abr (EFE).- O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, advertiu nesta quarta-feira que se os Estados Unidos e a União Europeia (UE) insistirem em sua decisão de adotar sanções econômicas contra Moscou em função da crise na Ucrânia, o governo de Vladimir Putin poderá adotar medidas de resposta.
Em entrevista coletiva conjunta realizada em Santiago com o chanceler chileno, Heraldo Muñoz, Lavrov acusou o Ocidente de não querer resolver a situação na Ucrânia.
O ministro defendeu o cumprimento dos acordos de Genebra e a libertação dos observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) detidos por milícias pró-Rússia no leste da Ucrânia.
“As sanções carecem totalmente de sentido. Nós não vamos atuar estupidamente, queremos dar a possibilidade a nossos parceiros de acalmar-se”, declarou o chefe da diplomacia russa.
“Mas se (Estados Unidos e a União Europeia) recorrem a alavancas econômicas, nesse caso estudaremos a situação de maneira adicional”, especificou.
Lavrov acrescentou que Moscou gostaria que ao invés de sanções, EUA e UE “disciplinassem as forças que levaram ao poder” o atual presidente interino da Ucrânia, Alexander Turchinov, após a cassação no último dia 22 de fevereiro de Viktor Yanukovich.
O ministro das Relações Exteriores russo enfatizou a necessidade de “auxiliar o mais rápido possível um diálogo direto entre que ostentam agora o poder na Ucrânia e os opositores”.
A esse respeito, Lavrov acusou Estados Unidos e União Europeia de “bloquear a tentativa” dias atrás de organizar uma mesa de diálogo entre as autoridades ucranianas e a oposição sob o patrocínio da OSCE.
“Nós vamos seguir com o chamado a cumprir a declaração de Genebra, de cujo cumprimento tentam fugir nossos parceiros, falando francamente”, acrescentou. EFE
mf/rsd
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