Rússia e EUA agirão juntos na Síria
Rússia e Estados Unidos acordaram passar da simples troca de informação à coordenação de suas ações na luta antiterrorista na Síria, garantiu, nesta terça-feira (24), o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.
“Chegamos a um consenso com nossos colegas americanos superando suas reservas e, inclusive, oposição, para, juntos, dirigirmos as ações na luta contra o terrorismo. O plano concreto está sendo estudado por nosso ministério de Defesa”, disse o chanceler russo à imprensa, em Tashkent, Uzbequistão.
A Rússia, acrescentou o diplomata, está disposta a coordenar com Washington uma operação militar conjunta para libertar a cidade síria de Al raqqah, quartel-general do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no país árabe.
O anúncio foi feito depois que um porta-voz do Partido União Democrática curdo-sírio anunciou aos meios de comunicação russos que essa operação já está estipulada e começará em pouco tempo.
“Al Raqqah é um dos objetivos da operação antiterrorista, da mesma forma que Mossul, no Iraque. Temos certeza que podem ser libertadas de forma mais rápida e efetiva caso nossos militares (da Rússia e EUA) coordenarem com maior adiantamento suas investidas. Agora há uma possibilidade de que ocorra essa harmonia militar”, apontou.
A aviação dos dois países e seus aliados, reiterou, “será trabalhar, de forma sincronizada e coordenada, para ajudar a fazer frente aos terroristas”.
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, propôs aos Estados Unidos bombardear conjuntamente as posições dos jihadistas na Síria a partir da próxima quarta-feira (25).
Ao mesmo tempo, o chanceler advertiu que Moscou se reserva ao direito de lançar uma ofensiva “unilateral” contra os extremistas que não acatem a trégua em vigor na Síria desde fins de fevereiro.
O Kremlin está, já há várias semanas, insistindo que os grupos rebeldes concentrados em torno de Aleppo abandonem suas posições para permitir que o Exército Nacional Sírio possa atacar os jihadistas na fronteira turca.
Washington, no entanto, respondeu de imediato com uma recusa taxativa a qualquer colaboração militar com a Rússia na Síria, após argumentar que o governo de Putin presta apoio ao regime do presidente Bashar al Assad
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