Rússia espera que nova emissária da OSCE consiga cessar-fogo na Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 09/06/2014 10h17

Moscou, 9 jun (EFE).- A Rússia assegurou nesta segunda-feira que espera que a nova emissária da OSCE para a Ucrânia, Heidi Tagliavini, possa alcançar um cessar-fogo no leste desse país e contribuir para o início do diálogo entre ambos os lados em confronto.

“Esperamos que Tagliavini trabalhe ativamente no cumprimento dos principais pontos do roteiro (da OSCE), especialmente em relação a um acordo sólido para a imediata cessação da violência”, informou a Chancelaria russa em comunicado.

O governo russo também acredita que a diplomata suíça contribuirá “para o início de um autêntico diálogo com a participação de todas as forças políticas e regiões do país”.

A nota oficial lembra que a Rússia sempre apoiou o cumprimento do roteiro apresentado ao presidente Vladimir Putin, que, segundo o governo, sempre defendeu insistentemente a cessação da violência.

“Precisamente, em apoio aos esforços da OSCE para a aplicação do roteiro, o embaixador russo na Ucrânia, Mikhail Zurabov, tomava parte em diversas consultas em Kiev”, assinalou.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que tomou posse de seu cargo no sábado, assegurou ontem: “Devemos declarar um cessar-fogo nesta mesma semana”, declarou Poroshenko depois de se reunir com Tagliviani em Kiev.

Para isso ocorrer, segundo Poroshenko, “primeiro é preciso restabelecer o funcionamento das fronteiras da Ucrânia e garantir a segurança de cada cidadão da Ucrânia, independentemente de suas posições políticas”.

Em resposta, os separatistas das regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk manifestaram hoje que não acreditam nas promessas do novo presidente ucraniano e que são as forças governamentais que devem declarar um cessar-fogo, já que eles apenas estariam se defendendo.

Logo após assumir o cargo de presidente, Poroshenko anunciou um plano de paz para a regra do conflito no leste do país, embora tenha descartado qualquer espécie negociação com os insurgentes pró-russos.

“Trata-se de dialogar com cidadãos pacíficos. Não vamos falar com bandidos”, acrescentou o presidente ucraniano em alusão aos dirigentes separatistas de Donetsk e Lugansk, que proclamaram independência no último dia 12 de maio após a realização de referendos separatistas.

Ao falar sobre o assunto, Poroshenko anunciou uma ampla anistia para aqueles milicianos que não possuem ligações com crimes de sangue e propôs a criação de “um corredor para que os mercenários russos possam retornar a suas casas”.

Já Putin, que cumprimentou o plano de paz de Poroshenko, exige o fim imediato da ofensiva contra as fortificações pró-russas. EFE

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