Rússia garante a EUA que suas tropas não cruzarão fronteira leste da Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 20/03/2014 18h43

Washington, 20 mar (EFE).- O ministro da Defesa russo, Sergei Choigu, garantiu ao secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, que as tropas de seu país não têm intenção de atravessar a fronteira leste da Ucrânia, frente na qual estão realizando exercícios militares.

Segundo afirmou em entrevista coletiva o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, Choigu assegurou que as tropas russas enviadas perto da fronteira ocidental russa só estão realizando manobras militares e não têm intenção de ocupar outros territórios dentro da Ucrânia.

Hagel telefonou para seu colega russo pelos temores a uma escalada militar, depois das informações que deram conta da tomada de bases navais ucranianas na península da Crimeia, da morte a tiros de um militar ucraniano e das preocupações transmitidas por Kiev sobre as intenções russas.

O chefe do Pentágono “deixou claro que o que está acontecendo na Crimeia não está ajudando a diminuir a tensão (…) e também foi direto sobre suas preocupações em torno das tropas no lado russo da fronteira com a Ucrânia no leste e no sul; queríamos saber o que ocorre”, explicou Kirby.

“O secretário Hagel expressou com firmeza que, já que as forças russas controlam a península da Crimeia, a Rússia será responsável do que acontecer”, afirmou o porta-voz, que detalhou que a conversa durou uma hora.

Além disso, o secretário de Defesa transmitiu sua preocupação pelos movimentos de tropas nas cercanias das fronteiras sul e leste da Ucrânia.

“O ministro russo assegurou que é um exercício, que não têm a intenção de atravessar a fronteira rumo ao interior da Ucrânia e que não haverá ações agressivas (…) Confiamos que mantenham sua palavra”, declarou Kirby.

Por outra parte, o Pentágono confirmou hoje que está estudando uma lista enviada pela Ucrânia na qual solicita o envio de ajuda militar.

Kirby explicou que a lista inclui tanto armamento como outro tipo de assistência, mas por enquanto o Pentágono está se inclinando a oferecer apenas “ajuda não letal”, como material médico, uniformes e alimentos instantâneos. EFE

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