Rússia mobiliza 28 caças e drones no oeste da Síria, afirmam EUA
Washington, 21 set (EFE).- A Rússia mobilizou até 28 caças no oeste da Síria e começou a operar voos de vigilância, em uma tentativa de aumentar seu apoio ao regime de Bashar al Assad, segundo informaram nesta segunda-feira funcionários do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
De acordo com as fontes, durante o último fim de semana, Rússia passou de quatro caças de combate em uma base aérea de Latakia (forte de Al-Assad) a pelo menos 28: 12 do modelo Sukhoi Su-25 e 12 Su-24.
Além desses modelos com várias décadas de serviço, a Rússia ainda teria pelo menos quatro Su-30, muito mais avançados e modernos, assim como cerca de 20 de helicópteros.
A Rússia também começou a operar voos de drones para vigilância e apoio em inteligência do aeroporto de Basel Al-Assad, como é oficialmente conhecido o aeroporto de Latakia.
Essa forte mobilização russa, que se soma à ampliação da base aérea de Latakia com a contribuição de Moscou, faz com que também aumente a possibilidade de um confronto e equívocos entre as forças aéreas da Rússia e da coalizão internacional contra o Estado Islâmico (EI), liderada pelos Estados Unidos.
O Pentágono considera necessário aumentar a coordenação com a Rússia, de modo a evitar mal-entendidos ao londo das missões aéreas.
O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, falou na sexta-feira passada com o colega russo, Sergey Shoygu, para tratar o assunto sírio e reiterar que o combate contra os jihadistas do EI deve ser feito paralelamente a um processo de transição que tire Al-Assad do poder.
Ambos os representantes de Defesa concordaram em estudar rotas para evitar acidentes, apesar de não terem especificado vias de coordenação concretas.
Os funcionários do Pentágono informaram sobre a mobilização russa depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visitou Moscou nesta segunda-feira para obter garantias do presidente russo, Vladimir Putin, de que a crescente presença militar russa na Síria não ameaça os interesses de seu país. EFE
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