Rússia não suplicará ao Ocidente que suspenda sanções, diz chanceler

  • Por Agencia EFE
  • 18/11/2014 11h20

Moscou, 18 nov (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta terça-feira que o país não implorará pela suspensão das sanções estabelecidas por seu envolvimento na crise ucraniana.

“A Rússia não suplicará ao Ocidente que suspenda as sanções unilaterais”, disse Lavrov à imprensa ao final de uma reunião conjunta dos estados maiores dos ministérios das Relações Exteriores da Rússia e de Belarus, informou desde Minsk a agência russa “Interfax”.

Ao mesmo tempo, o chefe da diplomacia russa destacou que no Ocidente começam a soar vozes sobre a necessidade de eliminar as medidas restritivas aplicadas contra a Rússia.

Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que espera que os países ocidentais que impuseram sanções contra a Rússia se deem conta do prejuízo que causam às relações econômicas internacionais e que deixem este assunto “no passado”.

“É prejudicial e evidentemente nos causa certo prejuízo, mas para eles também é prejudicial, porque na realidade solapa todo o sistema de relações econômicas internacionais. Espero que com o tempo isto seja entendido e fique no passado”, disse o chefe do Kremlin.

Lavrov descartou hoje a convocação de uma conferência internacional para a regulação do conflito da Ucrânia.

“Estou convencido que não se deve reinventar a roda: existe o formato de Minsk, o único formato onde estão representados o governo de Kiev e os líderes do leste (da Ucrânia)”, afirmou.

O ministro das Relações Exteriores aludia ao Grupo de Contato integrado por Ucrânia, Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Rússia e representantes dos separatistas pró-Rússia das regiões orientais ucranianas.

Sobre a reunião que terá hoje em Moscou com seu colega alemão, Frank-Walter Steinmeier, Lavrov indicou que esta não estará centrada somente na crise ucraniana, mas também no estado das relações bilaterais.

“Ninguém espera grandes avanços. Esta visita (de Steinmeier a Moscou) não servirá para anunciar a solução de todos os problemas do mundo, mas nós valorizamos nosso diálogo com a Alemanha e outros países da União Europeia. Isto para nós é realmente importante”, reforçou. EFE

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