Sabesp poderá ampliar uso do volume morto do Cantareira para evitar racionamento

  • Por Jovem Pan
  • 23/07/2014 07h40
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VARGEM, SP, 21.07.2014: ABASTECIMENTO-SP - A reserva Jaguari-Jacareí, integrante do sistema Cantareira, na cidade de Vargem no interior de São Paulo. Nesta segunda-feira (21), o índice do volume de água armazenado no Sistema Cantareira é de apenas 17% da capacidade total. (Foto: Luis Moura/Folhapress) Luis Moura/Folhapress Nível do sistema Cantareira caiu a 17% nesta segunda (21) mesmo com o volume morto em uso

A Sabesp será autorizada pelo Departamento Nacional de Águas a ampliar o uso do volume morto do Cantareira em nova tentativa de evitar o racionamento em São Paulo.

A reserva técnica tem 400 bilhões de litros. Com o volume morto, o nível do Sistema chegou a 18,5%, que começaram a ser captados no dia 15 de maio. Com a falta de chuva, o nível do sistema chegou nesta terça-feira a 16,8% e a Sabesp estuda usar o volume morto do Alto Tietê.

Professor da escola Politécnica da USP, Rubem Porto destaca que se alcançou uma grande economia desde fevereiro. “A Sabesp já está retirando para São Paulo do Sistema Cantareira 19 m³ por segundo, quando, normalmente, deveria estar retirando 31m³”, explica Porto. “Essa economia é excepcional”, avalia.

O magistrado explica também que o uso de reservas mais profundas é normal em regiões de escassez de água.

Em entrevista ao repórter Thiago Uberreich, a ex-secretária de meio ambiente do Estado, geógrafa Stela Goldenstein, avalia que São Paulo não tem opção a não ser utilizar a água que costuma ficar abaixo do nível de captação – o volume morto.

Goldenstein defende inclusive a cobrança de multa para quem aumentar o consumo da água, medida já descartada pelo Estado. A geógrafa ressalta também a importância da recuperação dos mananciais, além da preservação e reflorestamento das matas próximas às águas paulistas.

A questão dos mananciais, lembra o âncora Adalberto Piotto, envolve interesses de moradia em São Paulo, como do MTST, uma vez que alguns de seus integrantes ocuopam áreas de preservação.

A Sabesp espera que as condições de chuva em São Paulo se normalizem entre setembro e outubro.

Por Thiago Uberreich e Claudia Gouvêa

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