Sacerdotes e professor responderão acusações de pedofilia em liberdade

  • Por Agencia EFE
  • 26/11/2014 19h09

Granada (Espanha), 26 nov (EFE).- Os três sacerdotes e um professor laico que foram detidos por supostos abusos sexuais a menores em Granada, no sul da Espanha, foram soltos nesta quarta-feira e responderão às acusações em liberdade, entre eles o padre Román, considerado líder do chamado clã de “Los Romanones”.

O juiz do Tribunal de Instrução de Granada, Antonio Moreno, autorizou a libertação do padre Román após o pagamento de uma fiança de 10 mil euros.

Os outros três acusados por supostos abusos sexuais, dois sacerdotes e um professor de religião, também postos em liberdade.

O juiz instrutor lhes acusa de diferentes delitos contemplados no Código Penal e referentes à liberdade e indenidade sexual, segundo fontes do Tribunal Superior de Justiça da Andaluzia (TSJA).

A causa tem sua origem na denúncia que um jovem de 24 anos apresentou em outubro por supostos abusos sexuais perante a procuradoria, após receber em agosto uma ligação telefônica do papa Francisco, que lhe pediu perdão em nome da Igreja após ler o documento no qual lhe relatou os fatos, ocorridos quando era menor.

Nos últimos dias houve uma segunda denúncia, apresentada por uma testemunha dos supostos abusos sexuais investigados, que prestou depoimento e depois decidiu tornar seu testemunho uma denúncia com dados e nomes.

De acordo com o subdelegado do governo de Granada, Santiago Pérez, a polícia abriu investigações para voltar a ouvir essa testemunha.

O juiz impôs aos três sacerdotes e ao laico medidas de afastamento e proibição de comunicação em relação às duas pessoas que denunciaram ter sofrido abusos sexuais.

Após saber da decisão do juiz, os detidos, aparentemente cansados, se mostraram “felizes” e se abraçaram, segundo os advogados de ofício que lhes auxiliaram nos depoimentos, dado que seu representante legal não pôde fazê-lo pela medida de não comunicação imposta pelo juiz e agora já suspensa.

Os acusados prestaram depoimento hoje perante o juiz instrutor após ter permanecido detidos e incomunicáveis por dois dias na Chefia Superior de Polícia da Andaluzia Oriental.

Em alusão a esse caso, o papa Francisco declarou na terça-feira que “a verdade é a verdade e não devemos escondê-la”. EFE

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