Samarco fraudou documentos para pedir licenciamento de barragem

A Samarco fraudou documentos ao pedir o licenciamento para a barragem de Fundão, segundo o Ministério Público de Minas Gerais. De acordo com a Promotoria, a barragem também não possuía licença ambiental para o recebimento dos rejeitos de minério da Vale.
Em três denúncias, o ex-presidente da empresa Ricardo Vescovi e mais nove pessoas foram indiciadas por crime ambiental.
A Polícia Federal indiciou, nesta quinta-feira (09), oito pessoas e três empresas no inquérito que apura os crimes contra o meio ambiente e danos ao patrimônio histórico após a tragédia de Mariana. As três empresas citadas são: Vale, Samarco e VogBR.
A VogBR foi a responsável pelo último atestado de estabilidade de Fundão. Segundo um dos promotores que integram a força-tarefa que apura as irregularidades que levaram ao rompimento da barragem, a VogBR “omitiu informações em estudos submetidos ao licenciamento ambiental”.
A barragem se rompeu no dia 05 de novembro do ano passado e deixou 19 mortos, sendo que um continua desaparecido. A lama destruiu o distrito de Bento Rodrigues e afetou Águas Claras, ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce. A devastação chegou até mesmo a 40 municípios dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
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