Samarco propõe acordo com o governo para recuperar o Rio Doce
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Mineradoras de todo o Brasil terão que apresentar em 15 dias cópias de seus planos de ação de emergência de barragens. O objetivo é evitar novas tragédias como a que aconteceu em Mariana (MG) no final do ano passado, quando uma barragem da Samarco (com Vale e BHP) se rompeu.
Na segunda (18), a presidente Dilma Rousseff se reuniu com a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira e os governadores de Minas Gerais e Espírito Santo para discutir um cronograma para a recuperação do Rio Doce, cuja vida marinha e vegetal foi devastada pela lama lançada. O governo quer finalizar a agenda até o início de fevereiro.
A expectativa é a da criação de um fundo de R$ 20 bilhões para revitalizar o rio e socorrer a população atingida.
O grupo responsável pela Samarco já teria demonstrado interesse em fechar um acordo com o governo federal para garantir que o trabalho seja realizado.
O advogado-geral da União Luiz Inácio Adams admite, no entanto, que o caminho será muito longo.
“Isso aqui é o início de uma discussão (…). Esse acordo não é um acordo voltado à responsabilidade do passado, é um acordo buscando contruir soluções para a recuperação da bacia”, disse Adams.
A ministra do Meio Ambiente explica: “As empresas apresentaram hoje a proposta de querer, junto à justiça, fazer um acordo de como vamos recuperar a bacia, qual o modelo de governança que vai ser feito, qual é o plano de recuperação, as ações para evitar, o cronograma, e como dar-se-á o financiamento disso. Nós pedimos como referência 20 bilhões de reais”.
A Justiça já determinou que a primeira parcela desse fundo deve ser em torno de R$ 2 bilhões.
De Brasília, Luciana Verdolin
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