Santander amplia capital para adquirir 24,7% de unidade no Brasil
Santander (Espanha), 15 set (EFE).- A junta do Grupo Santander, na primeira reunião presidida por Ana Botín após a morte de seu pai, Emilio Botín, aprovou nesta segunda-feira uma ampliação de capital para adquirir 24,7% do Santander Brasil que ainda não era controlada pelo grupo.
A reunião de hoje foi convocada inicialmente para aprovar a ampliação de capital, mas acabou se transformando no primeiro discurso da nova presidente diante dos acionistas.
Ana Botín, que preside desde o dia 10 de setembro a principal instituição financeira espanhola e o primeiro banco da América Latina, disse que dedicará todos seus esforços a manter a trajetória de êxito de seu pai, que presidiu o banco durante quase trinta anos.
Ana assegurou que o grupo tem a base de capital, a força de balanço e a capacidade de geração de renda necessárias para consolidar uma evolução sustentável e crescente de seus resultados.
“Tenho a total confiança de que juntos conseguiremos fazer do Santander, em cada um dos mercados onde operamos, a entidade de referência para empregados, clientes, acionistas e a sociedade”, afirmou.
A ampliação de capital, de 4,6 bilhões de euros (R$ 13,8 bilhões), será feito por meio da emissão e colocação em circulação de 665 milhões de novas ações ordinárias de cinquenta centavos de euros de valor nominal cada uma e um ágio de emissão de 20%.
A operação “é boa tanto para os acionistas minoritários do Santander Brasil como para os da matriz”, disse Ana Botín.
A operação, garantiu a nova presidente, mostra a confiança do grupo no Brasil e na capacidade da unidade no país impulsionar seus resultados, que atualmente representam cerca de 20% das contas da instituição.
Além disso, afirmou que a compra demonstra a confiança na diversificação geográfica do grupo, que será a chave para consolidar esta nova fase de crescimento de “nossos lucros”.
A atividade do Santander na América Latina fornece ao grupo 51% do resultado total. As principais unidades do grupo ficam no Brasil e México, e em menor escala no Chile e Argentina.
O Brasil é um mercado estratégico, com 27,3 milhões de clientes. O Santander Brasil é o terceiro banco privado do país e o primeiro estrangeiro.
No México, o Santander ocupa o terceiro lugar entre as instituições financeiras, com cerca de 10 milhões de clientes. EFE
asa/dk
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