Santander aprova grande ampliação de capital para estimular crescimento
Madri, 8 jan (EFE).- O conselho de administração do Banco Santander aprovou nesta quinta-feira uma ampliação de capital de até 7,5 bilhões de euros (quase R$ 24 bilhões), um reforço que permitirá “acompanhar o crescimento das economias onde está presente”.
Com esta ampliação de capital, equivalente a 9,9% do tamanho da companhia presidida por Ana Patricia Botín, o Santander quer também “aproveitar as oportunidades de crescimento orgânico”.
Em um comunicado à Comissão Nacional da Bolsa de Valores da Espanha (CNMV), o banco explicou que seu conselho de administração também aprovou uma mudança em sua política de dividendos, na qual promove o pagamento em dinheiro, apesar da retribuição ser reduzida para cerca de 0,20 euros.
O banco explicou que a previsão de crescimento econômico nos mercados onde opera confirmou uma mudança de ciclo, já que estima que em 2016 as economias de Portugal e Alemanha, na zona do euro, crescerão cerca de 2%. Além disso, prevê também que as economias de Brasil, Reino Unido, EUA, Polônia e Argentina crescerão ao redor de 3%, e México e Chile, acima de 4%.
“Portanto, reforçar o capital agora permitirá ao banco aproveitar as oportunidades de crescimento orgânico, aumentando o crédito e a fração de mercado nos mercados chave”, acrescentou o Santander, que executará a ampliação de capital mediante a emissão de até 1,258 bilhão de ações, com exclusão do direito preferencial de subscrição para os atuais acionistas.
O banco tem “confiança na melhora da economia em todos os mercados onde está presente e no potencial da entidade para crescer organicamente, aumentar o crédito e continuar apoiando nossos clientes, tanto particulares como empresas”, declarou a presidente do banco.
O banco explicou que nos próximos anos a evolução dos dividendos dependerá do crescimento dos resultados, com o objetivo de que a remuneração em dinheiro represente entre 30% e 40% do lucro recorrente, em vez dos atuais 20%.
“Esta operação é positiva para os acionistas, já que se estima que melhorará o lucro por ação a partir de 2016”, acrescentou a companhia, que lembrou ainda que os testes realizados pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) evidenciam que o Santander conta “com uma sólida posição de capital”.
No entanto, o banco “acha conveniente antecipar o cumprimento dos requerimentos de capital derivados de Basileia III, assumindo sua plena aplicação já desde este ano, embora só sejam exigidos a partir de janeiro de 2019, aproveitando a atual conjuntura do mercado”.
O Banco Santander enviou hoje também à CNMV (Comissão Nacional de Mercados de Valores da Espanha) suas previsões de resultados de 2014, que estimaram um lucro líquido 30% maior, de cerca de 5,8 bilhões de euros (R$ 18,414 bilhões). EFE
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