Santos considera acusações de Maduro “absurdas” e “ridículas”

  • Por Agencia EFE
  • 02/09/2015 20h21
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Cúcuta (Colômbia), 2 set (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, classificou nesta quarta-feira como “absurdas” e “ridículas” as acusações do líder da venezuela, Nicolás Maduro, sobre supostos planos para assassiná-lo com “a anuência” de Bogotá e atribuiu a escassez e a desvalorização do bolívar a um fracasso da economia venezuelana.

“Esses são acusações realmente absurdas, ridículas”, declarou o governante ao instalar um conselho de ministros na cidade fronteiriça de Cúcuta, com a presença de embaixadores de 18 países credenciados em Bogotá.

Essa foi a forma em que o governante colombiano respondeu a uma denúncia formulada por Maduro durante sua visita ao Vietnã, onde afirmou que há planos para acabar com sua vida que contam com “a anuência, a vista grossa” do governo de Santos.

“Agora estão nos agredindo de Bogotá. Eu tenho provas e vou mostrar como está havendo uma campanha para me matar, infelizmente com a anuência e a vista grossa do governo da Colômbia, para assassinar o presidente Nicolás Maduro”, afirmou o chefe de Estado venezuelano.

Segundo Santos, com essas afirmações “absurdas” Maduro afirma “que há uma espécie de complô paramilitar para assassiná-lo”.

O presidente Santos também desvirtuou as acusações venezuelanas de que os colombianos são “os culpados de seus problemas internos”, entre eles o contrabando e a escassez de produtos básicos, que afirmou que “já crescem há muito tempo”.

“O mundo inteiro sabe perfeitamente que a escassez dos produtos na Venezuela se deve a uma política econômica que fracassou, fracassou estrondosamente, que nada tem a ver com a Colômbia e com os colombianos”, acrescentou o líder.

Na opinião de Santos, as alegações venezuelanas sobre ataques à sua moeda “também não têm nem pés nem cabeça” e rejeitou “com toda veemência” que se responsabilize a Colômbia pelos males venezuelanos.

“Essas acusações não têm nenhum fundamento”, acrescentou o ministro da Fazenda colombiano, Mauricio Cárdenas, que apresentou um panorama dos problemas da economia venezuelana, dos fluxos de comércio bilateral e do funcionamento do mercado cambial do país. EFE

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