Santos diz a procurador para não se meter no processo de paz com as Farc

  • Por Agencia EFE
  • 27/03/2015 21h31

Cartagena (Colômbia), 27 mar (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, rebateu nesta sexta-feira a crítica do procurador-geral, Alejandro Ordóñez, às negociações de paz do governo com as Farc e reiterou que esse assunto é de sua responsabilidade como chefe de Estado.

Em uma das mais fortes respostas a Ordóñez, Santos disse no encerramento do congresso da Federação Colombiana de Municípios, nesta sexta-feira em Cartagena, que o procurador não deve se meter no processo de paz entre o governo e o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Cuba.

“Eu peço ao procurador que deixe de fazer sua crítica, deixe de se colocar no processo de paz, que isso é uma responsabilidade minha”, manifestou o líder.

Horas antes, Ordóñez se declarou “perplexo” pela decisão do governo de transformar em ocasional a presença em Havana dos generais da reserva Jorge Enrique Mora e Óscar Naranjo, ambos negociadores nos diálogos de paz com as Farc.

O procurador-geral foi um dos mais fortes críticos do processo de paz que hoje fechou em Havana mais um ciclo com um acordo para começar os trabalhos de retirada das minas nos departamentos de Antioquia (noroeste) e Meta (centro), embora ainda não tenham definido os locais exatos onde a limpeza será realizada.

Santos reiterou que contra tudo o que se disse, os generais Naranjo e Mora continuam a ser negociadores plenipotenciários e que inclusive agora estão desempenhando tarefas adicionais nas jornadas da “Pedagogia pela paz”, em que explicam os avanços deste processo às Forças Militares.

Santos também pediu aos prefeitos do país que o ajudem a “desvirtuar as mentiras” ditas sobre o processo de paz.

Segundo ele os prefeitos podem fazer a “pedagogia da paz, mas sobre verdades, não sobre mentiras, não sobre falácias, não sobre desinformação”. EFE

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