São Luís tem 17 veículos incendiados por suposta ordem de detentos
São Paulo, 22 set (EFE).- Pelo menos 17 veículos foram incendiados em São Luís, no Maranhão, supostamente por ordem de facções criminosas que operam no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, considerado o mais violento do país.
Os ataques ocorreram entre a tarde de sábado e a madrugada de desta segunda-feira e fizeram os rodoviários suspenderem temporariamente a circulação de ônibus durante o fim de semana.
De acordo com a Polícia Militar, suspeitas indicam que os ataques foram ordenados por facções criminosas que atuam em Pedrinhas, em represália às medidas adotadas pelo governo para conter as rebeliões e fugas de presos.
“Vamos entregar quatro presídios de segurança máxima e eles estão causando essa confusão porque não querem ir para essas penitenciárias”, afirmou nesta segunda-feira a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
De acordo com as autoridades, três ônibus dentro uma garagem e outros oito veículos foram incendiados nesta segunda-feira, todos sem passageiros. A PM informa que 17 pessoas foram detidas por suposta participação nos ataques.
A cidade de São Luís sofre ondas de violência desde o início do ano, quando uma menina morreu queimada no incêndio de um ônibus. A ação teria sido uma represália contra uma operação da PM em Pedrinhas.
Maior complexo penitenciário do Maranhão e marcado pela superlotação e condições adversas para os presos, o local é cenário recorrente de assassinatos, rebeliões, fugas, brigas entre presos e até desaparições. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, o local registra 75 assassinatos desde janeiro de 2013, sendo 17 em 2014.
Além do assassinato de um detento na última semana, várias rebeliões ocorreram no interior do presídio e mais de 40 presos conseguiram fugir. Por causa das fugas, o diretor de uma das unidades do complexo, Claudio Barcelos, foi detido acusado de facilitar as evasões dos presos. EFE
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